Aventure-se comigo...

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

FACEBOOK É PROPAGANDA DE MARGARINA?

Vocês já perceberam como a maoria das pessoas que mantém um perfil no Facebook faz questão de postar fotos de viagens, festas ou fotos com aquele "olhar bovino" de apaixonado(a) junto ao seu par?
De uns tempos para cá, eu estou participando desse site de relacionamentos, em razão do meu engajamento à causa animal.  Ali eu entro em contato com pessoas e ONGs que cuidam de animais abandonados, vítimas de maus-tratos, histórias muito tristes e o Facebook foi uma boa ferramenta para essa finalidade.
Mas, o que me motiva a entrar ali acaba se confrontando com as coisas que eu vejo nas páginas de amigos e, confesso, desconhecidos.

Pois é... fico estarrecida com a cara de pau de certas pessoas que fazem de tudo para demonstrar o quanto são belas, felizes, bem sucedidas, quando na verdade eu sei que é bem o oposto. Tem gente devendo pra Deus e o mundo, enrolada em dívidas bancárias, prestes a ser despejada, e aparece lá no perfil, em dezenas  de fotos da viagem recente a um desses resorts paradisíacos.

Durante a semana, sou procurada por essas mesmas pessoas, que estão em busca de um advogado amigo, que cobre "baratinho", para defende-las em ações de cobrança de toda a sorte. Façameofavor, né??  Na hora de gastar em hotéis de luxo nas férias (enquanto eu labutava nesse calor paulistano), essas mesmas criaturas não pensaram em economizar, e vão querer pechinchar justamente na hora de pagar honorários para  o advogado??

E tem ainda aquele casal que se odeia, só não se separam por causa dos filhos - ou para não ter de fazer a partilha dos bens - posando de amantes à moda antiga, com direito a legenda nas fotos declarando todo o amor que sentem um pelo outro. Hããã? Querem enganar a quem?

Uma amiga recém separada disse que não tem perfil no Facebook porque fica deprimida ao ver seus amigos casados e felizes e ela  se sente sozinha e fracassada. Mal sabe ela que, na verdade, esse teatro todo é um engodo, para iludir pessoas desavisadas, que acreditam nessas fotas que mais parecem anúncio de margarina: a mamãe servindo o café da manhã, o papai de terno sentado à mesa com os filhos  (lindos, loiros de olhos azuis), todos sorrindo, que família perfeita! Só mesmo no comercial!

Por que essas pessoas não publicam as fotos do Natal, depois que ficaram bêbadas e deram vexame? Ou as fotos das inevitáveis brigas familiares, as fotos  com cara de tédio no trabalho diário, as fotos das (os) amantes?? Ah... é que esses momentos nunca são registrados, eles são varridos para debaixo do tapete.

Se nós formos comparar a imagem que as pessoas nos passam com a nossa realidade,  estamos fadados à infelicidade, ou à inveja e frustração. Aliás, é exatamente isso que esse comportamento busca: despertar a inveja do outro, por meio de uma imagem falsa, criada com o intuito de demonstrar qualidades que não se têm. Já existem pesquisas a esse respeito que comprovam o resultado nocivo na auto-estima de inúmeras pessoas, ao se depararem com o "mundo maravilhoso do Facebook" (veja ao final o link).
Como disse a minha querida Dra Alina, quem está feliz não tem tempo para ficar publicando fotos na internet, está mais empenhado em ocupar seu tempo com o que o faz feliz.  É fato!

Eu estou feliz, minha vida aos poucos volta a ser preenchida de sentido, em breve vou adotar uma cachorrinha  abandonada, a Pitika, que precisa de amor e cuidados -isso me faz um bem danado! 
O meu perfil no Facebook tem esse propósito e, com isso em mente, passei a conhecer pessoas interessantes, que compartilham das minhas idéias e meus ideais. 

Pois bem, caros leitores, chego á conclusão de que os sites de relacionamento não são um mal em si, eles dependem do uso que cada um de nós faz deles. E existem maneiras de bem usá-los. Mas... como diz minha mãe: tem gente que aprecia os olhos, e outros que gostam da remela.
Aos que apreciam o narcisismo alheio, bom proveito!
Eu, por outro lado, estou sempre garimpando pedras preciosas e acabo encontrando...

Veja sobre Facebook e a inveja:

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A BAGUNCEIRA



Ontem assisti  "Tropa de Elite 2".  Enquanto eu assistia ao filme, lembrei-me de um fato ocorrido há muitos anos, quando eu era solteira e morava nesta mesma casa para a qual me mudei há um mês.


Eu sempre fui bagunceira, por mais que eu tente não consigo ser organizada. Minha mesa de trabalho é uma "zona" (mas eu sei onde está cada papel no meio da bagunça). Meu consolo é que quase todos os meus amigos advogados são tão ou mais bagunceiros do que eu -que o diga a Sandroca, o arquivo dela é um buraco negro, de onde desaparece tudo que entra ali...rs
Enfim, voltando ao meus tempos de jovenzinha, por volta dos meus 18 anos, convidei uma amiga da faculdade para dormir na minha casa no final de semana. Meus pais estavam viajando, um dos meus irmão estava na casa da namorada e o outro já era casado, morava próximo daqui.

Depois de uma noitada dançando com  nossa turminha, eu e minha amiga chegamos em casa muitto cansadas. Quando entrei no meu quarto, vi "A" bagunça de roupas em cima da cama, no chão, gavetas reviradas, resultado da escolha da roupa que eu iria usar para sair naquela noite.
Não tive dúvidas, fomos dormir no quarto do meu irmão, lá tinha duas camas de solteiro, arrumadinhas. Apagamos as luzes por volta das 3 da manhã. Logo em seguida, começamos a ouvir passos pela casa. Minha amiga cochichou:
- Você ouviu isso ou eu tô delirando?
-Ouvi, respondi. Tem gente lá embaixo.

Ficamos apavoradas. A porta do quarto estava trancada, a janela dava para a frente da casa. O barulho vinha dos fundos. Com as mãos tremendo, telefonei para o meu irmão casado e pedi a ele que chamasse a polícia e que ele viesse junto.
Ele pegou o carro e veio voando, no camimho encontrou uma viatura da ROTA e contou aos policiais o que estava  ocorrendo. Em poucos minutos a viatura parou em frente à casa. Olhei pela janela e vi dois policiais escalando nosso portão e chegando à sacada do quarto em poucos segundos.  Coisa bonita de ver, a coragem, a agilidade deles.
- Fiquem calmas, vamos salvar vocês, somos da polícia .
Eles, claro, queriam fazer bonito para duas jovens em perigo.
Minha amiga dava gritinhos e batia palmas, histérica. Para ela tudo parecia um filme de aventura. Enquanto isso eu estava morrendo de medo do ladrão arromabar a porta do quarto antes da polícia conseguir entrar. 
Os policiais pularam pela janela do quarto onde estávamos, perguntaram se tinha mais alguém na casa e foram revistar o imóvel.
Um deles logo me chamou, dizendo:
- Veja, eles entraram neste quarto, está tudo revirado! Verifique o que foi levado.
Ai, que vergonha... quando entrei no quarto vi que estava do mesmo jeito de antes, a bagunça era minha mesma.
Minha miga estava encantada com um dos policiais que ficou no quarto para nos proteger, nem tchum para o possível assaltante, muito menos para a minha vergonha ao responder que a bagunça era minha mesma e não do ladrão.
Depois de revistarem a casa, os policiais encontraram eletrodomésticos junto à porta dos fundos - liquidificador, espremedor de frutas, etc. O ladrão pé-de-chinelo deve ter ouvido o barulho da viatura e fugiu pelos fundo.

Até esse episódio, eu tinha medo da polícia, achava que polícia era pior do que bandido. Mas, na hora do "vamos ver", são eles que mostram a cara, que arriscam a vida para salvar moças indefesas -e bagunceiras.
O filme fez com que eu recordasse essa passagem da minha vida. Desde meus 18 anos, muita coisa mudou, mas a minha bagunça continua a mesma...minha sala está cheia de caixas da mudança, meu quarto, bem... tem algumas rouopas espalhadas (graças a Deus eu tenho a Nalva, que amanhã estará aqui cedinho para dar um jeito).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O BEM - DOTADO - parte 1



ANTES DE MAIS NADA:
Gostaria de agradecer aos meus leitores de Portugal e dos Estados Unidos pelo apoio. É bom saber que estas linhas chegam tão longe! Mandem comentários, pelo blog ou por e-mail: cristine.sampa@hotmail.com


Agora vamos ao tema:
Faz duas semanas que eu voltei a morar na minha antiga casa. Resisti bravamente durante 18 meses em um apartamento, convivendo com o vizinho mais insuportável e arrogante que possa existir na face da Terra. 

Não importa o local onde se mora, sendo apartamento, inevitavelmente haverá: um vizinho chato, outro folgado (que estaciona o carro ocupando duas vagas), o vizinho barulhento (adora dar festas até alta madrugada, ou o filho toca bateria e tem uma banda que ensaia no apartamento, ou gosta de ouvir música sertaneja  no  último volume, ou todas as anteriores juntas), o encrenqueiro (reclama de tudo e acha que o síndico sempre está roubando), dentre outras figurinhas fáceis de se encontrar em um condomínio residencial.

Never more, voltei para minha casa, nunca me senti tão feliz! Mas toda mudança tem seus “pobremas”. A começar pela atualização do endereço para correspondências. As empresas de telefonia móvel, os bancos, as administradoras de cartões de crédito, as empresas de TV por assinatura,  todas fazem um pacto para complicar a vida de quem se muda – ou melhor, para complicar a vida do consumidor que precisa solicitar   qualquer coisa por meio do SAC. 
O cliente liga, é atendido por uma gravação que dá inúmeras opções no menu de atendimento - cada vez que você escolhe uma opção aparecem mais 10, e assim por diante, até que...
pimba... entra aquela musiquinha i-n-f-e-r-n-a-l e uma voz repetindo “sua ligação é muito importante, não desligue”.  Fala sério, é torturante.

Tentei transferir minha assinatura da Sky para o novo endereço. A mesma ladainha, apenas com um diferencial PATÉTICO (juro, patético mesmo). A voz da gravação quer te enganar, fazendo de conta que você está conversando com alguém em tempo real. Ela interage com você, forçando uma linguagem descontraída, solicita o seu código para te identificar.
Depois que eu digitei o código de assinante, ouvi o barulho "tec tec tec" de um teclado, como se a robozinho estivesse  digitando o número que eu acabara de informar. E ela ainda responde: -Legal, achei o seu cadastro!
É tão ridículo que parece pegadinha. Eu me senti a própria retardada, interagindo com aquela gravação. 


Enfim, agendei a visita do técnico para a data mais próxima – 10 dias de espera. Obviamente, o técnico não compareceu na data marcada, nem no dia seguinte, nem no outro, nem nunca. Cansei de reclamar e passei a me acostumar com uma vida sem TV. Mas sem filmes e seriados, jamais!!

Falei tudo isso para chegar no assunto principal que me traz aqui hoje.T endo em vista que estou sem TV por assinatura há mais de 15 dias e  me recuso, repito r-e-c-u-s-o a assistir BBB e novela (canais abertos pegam com antena normal), aluguei alguns filmes e seriados. 


Dentre os seriados que aluguei, uma grata surpresa: o desconhecido “HUNG”. Na verdade é uma mini-série produzida pela HBO. Amei, ri demais, não via a hora de chegar em casa para assistir mais um capítulo.
A história gira em torno de um professor de história e técnico de basquete, que na adolescência foi  bambambam, casou-se com a líder da torcida feminina, só que a falta de dinheiro acabou separando o casal, a ex-mulher arrumou um marido rico (que era o nerd da turma da escola). Não bastasse isso, a casa do protagonista pega fogo, ele é demitido e fica na &*%#@.
Sem saber o que fazer da vida, já quarentão, descobriu que a única qualidade que tinha  que pudesse se tornar rentável era o fato de ser “bem dotado”. 
Aí aparece uma figura hilária, uma mulher muito maluca, que acaba virando a cafetina dele. Um humor muito inteligente, mostrando o outro lado do comércio sexual, com humor e verdade. 


As mulheres, provavelmente, acabam se identificando com algumas cenas. Eu mesma identifiquei-me com as cenas menos... digamos... convencionais. 
Os homens poderiam aprender muito com essa mini-série. A exemplo do protagonista, muitos homens acham que mandam muito bem e coisa e tal -mas deixam a desejar, viu?
Não basta ser bem-dotado ou entender do babado. Tem que ter "borogodó". 

Enfim, essa mini-série está rendendo altas análises filosóficas na minha cabecinha, comecei a assistir a segunda e última temporada e mal posso esperar para assistir tudinho e vir contar aqui o resultado das minhas elocubrações mentais.


Fica para o próximo post  minha análise desse universo de sexo, fetiches e diversão, onde o homem é o objeto  sexual,  e as mulheres são verdadeiras "meneaters" . NHACC.