Aventure-se comigo...

Aventure-se comigo...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

OS CYBERCHATOS

Esta semana muito se ouviu sobre a prisão do dono do site Megaupload, sob acusações de propagar na internet conteúdo em desacordo com a lei de direitos autorais - em outras palavras, pirataria. Esse fato parece ter desencadeado um surto nos cyberchatos de plantão.

Para alguns, inclusive eu,  a pirataria pressupõe que o agente tenha algum lucro com a atividade (não é o caso de quem baixa filmes para uso particular, sem auferir lucros).
Isso não significa que se possa sair copiando textos e criações a torto e a direito, sem reconhecer a autoria da obra. 
No entanto, tem gente que copia imagens e fotos de sites na internet, publica em sua página no Facebook ou blog, e acha que passa a ter "direitos" sobre a imagem - que sequer foi criação sua!!
Recebi uma reclamação de um desses cyberchatos, alegando que uma imagem usada no meu post "Facebook é propaganda me margarina" estaria ferindo seu "direito autoral", uma vez que foi publicada sem fazer menção da fonte e sem a sua autorização, e que, portanto, seria plágio!! Em tom ameaçador, exigia que eu retirasse a gravura ou mencionasse a fonte de onde eu havia copiado (citando artigos do Código Penal em caso de desobediência a sua reclamação).

Primeiramente, sem entrar no mérito, havia na foto que eu publiquei no post a referência da fonte de onde ela foi copiada (o blog do cidadão), muito claramente visível na própria gravura, por mera cortesia de minha parte, já que a referida imagem não é de autoria dele.
Todavia, o que me trouxe consternação é o fato de que se trata de um anúncio muito antigo de uma marca de margarina, criado por alguma agência de publicidade nos anos 60, quando o cidadão sequer havia nascido. O que faz uma pessoa exigir respeito a direitos autorais de uma obra que não é sua?

Aliás, o blog desse indivíduo é uma coletânea de anúncios antigos, muitos dos quais  foram copiados do site da Nestlè, sem que ele faça menção das fontes (eu descobri por pura teimosia).

Descobri, também, que o sujeito deixou a mesma mensagem em vários outros blogs, intimidando outros blogueiros. Fica a dica: quem praticou crime foi esse indivíduo, ao tornar pública uma FALSA ACUSAÇÃO DE CRIME - conduta tipificada na lei penal como CALÚNIA. A sorte dele é que os comentários em meu blog passam por um crivo e, portanto, não chegou a se tornar pública essa acusação sem própósito.
Menos sorte tiveram os blogueiros que autorizam a publicação automática de todos os comentários.
Fico a imaginar os sérios problemas de ego que um cyberchato desses deve ter: ele necessita de reconhecimento,  faixas e luzes piscando do ao redor do seu nome, ainda que, de fato, não tenham criado coisa alguma!


Temo pelo futuro da internet, haja vista que, ao que tudo indica, o cerco irá se fechar com a indústria fonográfica e cinematográfica realizando uma verdadeira caça às bruxas.
E sempre que eventos reacionários dessa natureza ocorrem na história, há o apoio de pessoas disfuncionais que não percebem o risco de se olhar para o próprio umbigo e não analisar o todo, o preço que o grupo, que a humanidade pagará.

E esse ranço reacionário, conservador e antidemocrático chegou ao facebook. Esta semana um "amigo virtual" opunha-se veementemente àqueles que compartilhavam seus posts (que ele, por sua vez, havia compartilhado de algum site ou perfil) sem antes "curtir" ou pedir autorização para compartilhar. Oras... a idéia do Facebook e da internet como um todo não é essa?  Difundir e divulgar informações?

Será difícil lidar com as vaidades e melindres dos cyberchatos. 

Por isso, como advogada, aconselharia o seguinte: informe-se e jamais se submeta à patrulha da censura.

1. Você pode copiar textos e imagens, desde que faça referência à fonte. Entenda como fonte a pessoa que CRIOU aquele conteúdo, não aquela que simplesmente publicou em seu blog ou perfil.
2. Plagio de um texto só ocorre quando você o utiliza  como conteúdo da sua obra - por exemplo, se você copiar um parágrafo escrito por outra pessoa, fazendo o leitor acreditar que foi você quem escreveu aquele texto. 
3. Plagiar uma imagem ou gravura - você a copia ou utiliza a idéia principal com poucas modificações e atribui a si mesma a autoria.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A METADE DA LARANJA NÃO EXISTE!

Melhor do que estar apaixonado, é não estar apaixonado. Aí tem uma pegadinha...
O ser humano é meio masoquista, convenhamos. Gostamos de complicar, se é fácil não tem graça. Então, a pessoa (homem ou mulher) está sozinha, começa a dar um comichão pra encontrar alguém, a famosa "metade da laranja", tampa da panela, alma gêmea, ou qualquer denominação que se dê ao coitado (ou coitada) que terá a responsabilidade de nos fazer feliz. 

Acontece, caro leitor, que tão certo quanto Papai Noel não existe, tampouco existe o principe ou a princesa que irá preencher nossa vida, mesmo que no começo do relacionamento aquela pessoa pareça ser "encantada".
Olha... não é, viu? Desculpe destruir sua ilusão, mas quanto antes te deres conta que não existe pessoa no mundo capaz de te fazer feliz, melhor.

Sabe por quê? É simples: somente nós mesmos é quem temos esse poder, cada um é responsável pela sua própria felicidade. Não adianta querer jogar a batata quente no colo do outro!
Bahhh, mas que coisa chata, a vida fica mais árida quando deixamos de acreditar em contos de fada.

Por isso que eu disse que tinha a "pegadinha" - é bom estar apaixonado, pois nesse período de apaixonamento, esquecemos do que é real e passamos a acreditar na fábula. Sentimos aquele friozinho na barriga -uiiii... O coração dispara quando a pessoa liga, ou aperta quando ela não liga.
Mas aí já sabe, né? Um dia vai cair a ficha e você vai se sentir igualzinha aquela criança que você foi um dia, e da decepção que você sentiu quando descobriu que Papai Noel não existe, nem cegonha, que o Pernalonga é só um desenho, que o Garibaldo é apenas um homem fantasiado de pássaro.

Então, às vezes penso que é melhor já pular essa fase e nem se apaixonar. Pronto, é mais prático. Para os mais filosóficos, posso fundamentar essa tese com os ensinamentos de Buda, segundo os quais a origem dos nossos problemas e sofrimentos está no apego, no DESEJO. Se você consegue superar o desejo e praticar o desapego, você consegue atingir o nirvana. Eita, parece bom, né? 

Honestamente, os momentos mais felizes da minha vida foram divididos igualmente entre aqueles em que eu estava apaixonada e os que eu estava zen, na boa comigo mesma, sem envolvimento com  "boniton" algum. Paradoxal, não?
A vida é feita de escolhas e essa é uma escolha difícil, precisa ter disciplina, força de vontade e uma boa dose de coragem. Seja para escolher abrir seu coração para alguém, seja  decidir viver sem desejo e apego (sexo pode, tá? a ciência já provou que sexo faz bem para a saúde, para a mente, não vamos forçar a barra e querer virar monge budista).

(estou pensando pensando com meus botões que deve ter homem lendo esse texto e adorando, achando a perfeita justificativa para sair transando com todas as mulheres, sem compromisso. Mas, olha só, você também um dia vai se apaixonar, vai sentir falta de ter aquela pessoa especial ao seu lado e vai se ferrar, igualzinho o resto da humanidade, viu?)

O tempo vai passando e, inevitavelmente, amadurecemos, seja por bem ou por mal.   O sexo casual vai perdendo a graça e, ao mesmo tempo, fica mais difícil nos apaixonarmos. 
À medida que envelhecemos, ficamos mais rabugentos e individualistas e muito menos pacientes. A toalha molhada em cima a cama passa a irritar muito mais, assim como a calcinha pendurada no box do chuveiro. Você quer assistir filme e seu companheiro quer ver novela, ou vice-versa. Você passa a sonhar em estar sozinho(a) em casa e poder escolher os canais da TV t-o-d-a-s as noites. E soltar pum à vontade sem ouvir reclamação. E deixar roupa espalhada pela casa, louça suja na pia... ou, ao contrário, ver sua casa sempre limpinha sem aquela pessoa sujando e bagunçando tudo o tempo todo.

Mas aí tem o inverno, é gostoso dormir juntinho de conchinha no frio, ter alguém para preparar uma sopa quando você está com gripe.

Vixii, é muito complicado escolher. Aprendi que toda escolha tem um bônus e um ônus. A felicidade, talvez, esteja na decisão sábia de escolher o lado da balança com mais bônus, não olhar para trás e rezar para termos feito a escolha certa.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ENCONTROS VIRTUAIS



Quem não tem uma história (sua ou de algum conhecido) para contar, sobre encontros virtuais? Algumas pessoas acabam se conhecendo no real. Aí é que o bicho pega, você pode se dar muito bem... ou muito mal.
Mande sua história, irei selecionar a mais interessante para publicar aqui, com toda a garantia de sigilo da identidade dos envolvidos.
email: cristine.sampa@hotmail.com

sábado, 7 de janeiro de 2012

BELEZA CANSA - PERSONALIDADE CONQUISTA

Hoje eu queria escrever sobre o que influencia nossas escolhas, quando a questão é APAIXONAR-SE. 
Ouso discordar de Vinícius, que pontuava ser a beleza fundamental. A beleza é agradável e desperta a atenção, mas dificilmente mantém um emprego, quanto mais um relacionamento, por si só. Meu ex-marido costumava dizer que ele temia a concorrência dos feios inteligentes, pois sabia que eles poderiam passar desapercebido por várias pessoas, mas não por mim. A beleza, para mim, está na inteligência e na capacidade do homem se destacar pelo conhecimento profundo de algum assunto interessante. Não adianta ser médico e ser mediano, deitar nos louros. Prefiro, antes, um professor de inglês, menos glamuroso, mas que tenha viajado o mundo e criado conceitos próprios sobre a vida e sobre a cultura dos povos. 

Há evidências inquestionáveis de que a beleza não garante sorte no amor. O exemplo clássico pode ser extraído, verdadeiramente,   de uma história de príncipe. Charles trocou Lady Di pela insossa Camila. Quer dizer, insossa para mim e talvez para você, leitor. Pense em quantos homens sonhariam em ter uma mulher bela e sofisticada como Diana em sua cama? Não Charles, certamente. 



A belíssima Elizabeth Hurley foi traída pelo marido- galã  Hugh Grant, pego com uma prostituta desprovida de beleza.

Honestamente, eu prefiro estar acompanhada por um homem distante do padrão médio de beleza, pode ser ele careca, baixinho, até mesmo com barriguinha de chopp. No entanto, se for inteligente, bem-humorado e cuja conversa consiga me envolver, ganha fácil de qualquer homem belo e rico, que pensa ter as qualidades suficientes para satisfazer uma mulher: aparência e dinheiro.

Acho que 2012 deve ser o ano da mudança. Mudança de conceitos, mudanças internas, momento de reavaliarmos nossas prioridades e o sentido que damos à vida. Em homenagem às mudanças, transcrevi uma crônica sensacional e divertida de Ivan Martins, publicada pela revista Época.  Enjoy :)

Vivemos num mundo obcecado pela beleza humana. Ela está na televisão, nos filmes, na capa das revistas, no balcão das lojas do shopping e no restaurante descolado, onde garcons e garçonetes parecem todos modelos.
A beleza nos é oferecida em doses enormes, em vários formatos, para todos os gostos e gêneros. Há loiras altas, morenos fortes, jogadores de pernas grossas e cantoras de barrigas impecáveis. A beleza nos enche os olhos. É um colírio grátis, permanente e intoxicante.

Num ambiente desses, talvez seja inevitável imaginar que beleza é a coisa mais importante do mundo – em nós e nos outros.Essa ilusão circula amplamente por aí, por um motivo simples: a beleza atrai a atenção das pessoas como talvez só a violência consiga com a mesma intensidade.

Diante de uma cena de agressão ou de uma ameaça de agressão, os nossos sentidos se crispam. Quando uma mulher bonita entra pela porta (imagino que um homem bonito cause o mesmo efeito), as sensações também se alteram, mas desta vez na direção do prazer.

A beleza nos torna atenciosos e solícitos, ao menos por algum tempo. É por isso que ela funciona tão bem nos filmes, nas novelas, na publicidade. O prazer de olhar seqüestra os nossos olhos e monopoliza a nossa atenção. Na outra direção, ela dá às pessoas bonitas a certeza de que serão notadas – e a ilusão de que serão amadas.

Mas isso é totalmente bobagem, não é? Todo mundo sabe, ou deveria saber, que a aparência tem um papel importante mas limitado nas relações humanas.

Pense no caso da moça bonita que começou a trabalhar no escritório. Na primeira semana não se fala de outra coisa. Ela é um objeto que os olhos devoram incansavelmente. Passados uns dias, as pessoas se acostumam e o fascínio diminui, até que ela se torne como as outras, uma pessoa normal. Se a moça for uma chata, uma boba, ou uma mosca morta, o processo de “normalização” é ainda mais rápido.

Isso acontece porque, na vida real, nós fazemos contato com a totalidade das pessoas: seus sentimentos, seus modos, sua inteligência, seu humor, seu charme ou sua integridade. As relações humanas reais formam uma teia densa, complexa, na qual a beleza é apenas um componente - relevante, mas não absoluto.
É possível colocar um planeta inteiro apaixonado pela Shakira ou pelo Tom Cruise porque ninguém tem contato com eles. São apenas imagens bonitas, nas quais as pessoas projetam qualquer tipo de sentimento. Mas ponha o Reynaldo Gianecchini ou a Sabrina Sato para trabalhar na mesa ao seu lado. Em uma semana você vai estar reclamando de que ela ri muito alto ou que ele é folgado e se espalha demais para sentar. De perto, todo mundo é meio mala.



E quando se trata de namorar? Em princípio, claro, todo mundo quer gente bonita. Quanto mais bonita, melhor, na verdade. Mas basta olhar em volta pra perceber que não é nada disso.



Aquele sujeito que faz o maior sucesso com as meninas do trabalho, por exemplo. Ele chega ao churrasco da firma com uma mulher que ninguém acha bonita – mas pela qual ele é maluco. E a moça linda, coitada, que dança miudinho na mão de um namorado esquisito e tirânico que só ela acha irresistível? Claro, há aquela garota da praia, absurdamente sensual, com quem o seu amigo saiu duas vezes e não quis mais nada – e agora é ela quem fica pegando no pé dele.



É isso, não é? Beleza, nas relações amorosas, vai até a página dois ou três. Depois tem de incrementar com outras coisas. Ou acaba.



Olhar para a sua garota e achá-la arrebatadoramente linda tem mais a ver com estar apaixonado por ela do que com o fato de ela ser realmente tão bonita. Se ela fosse apenas bonita e você não gostasse mais dela, o olhar seria outro.



Vale o mesmo das mulheres para os homens. Quando elas dizem que nós somos bonitos, a mensagem realmente importante é: eu gosto de você, eu vejo beleza em você. Eu estou aqui com você há 10 anos, há um ano ou há seis meses e continuo interessada no que você diz e faz, naquilo que você é. Por isso, continuo achando você bonito.



Na vida real, a percepção da beleza é mais importante do que a beleza. E tem a ver com uma monte de coisas, inclusive a aparência. 
(Ivan Martins )
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI151489-15230,00-BELEZA+CANSA.html

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

AS PESSOAS ENLOUQUECEM NO TRÂNSITO


Meu amigo Paulinho é uma pessoa muito querida, meiga e tem uma maneira afetuosa de tratar as pessoas. Há alguns meses, combinamos de viajar juntos. Ele sabia o caminho e, por esse motivo, foi dirigindo. Saímos da garagem do prédio ao som do grupo Abba, comendo carolinas de chocolate, felizes da vida. 
Mal os pneus do carro tocaram o asfalto da rua, Paulinho se transformou no “Homem de Nearthental”. Engatou a primeira marcha e saiu fechando todos os carros que transitavam no caminho. Na esquina, passou no sinal vermelho e eu, literalmente, fiquei entalada com a boca cheia de carolinas. Não sabia se engolia, tossia ou respirava. E assim foi a viagem toda, ele grudava na traseira de t-o-d-o-s os carros que ousassem ficar na sua frente, buzinava e ainda fazia sinais obscenos, com a mão para fora do vidro.
Assim como Paulinho, milhares de pessoas - homens e mulheres - quando assumem o volante de um automóvel, incorporam alguma entidade do além, daquelas que são do balacobaco. É a única explicação que posso dar para tão bizarra transformação! 
Dizem os psicólogos que, pessoas com esse comportamento, extravasam suas frustrações quando se sentem no controle, e dirigir um automóvel é, de certa forma, estar no controle de alguma coisa. Mais do que isso, é ter uma ARMA  nas mãos.

A legislação brasileira é muito branda com motoristas que causam acidentes. Um motorista embriagado que mata uma pessoa é acusado por crime CULPOSO – sem intenção de matar. . A penalidade aplicada é  uma multa, além de perder uns pontinhos na carteira. Patético, não é?

O velho mito de que os homens são melhores ao volante caiu por terra. Estatisticamente, ELES causam mais acidentes do que ELAS. As companhias de seguro cobram menos das mulheres, justamente por serem mais cautelosas e colidirem menos. Mas, para não me chamarem de feminista,  no quesito baliza, as mulheres costumam dar vexame. Surpreendentemente, sou uma exceção, confesso que eu tenho talento NATO para manobrar. Não raro me espremo em vagas pequenas, sob olhares irônicos de homens que ficam observando, esperando eu me “estrepar”. Qual o quê, eu paro de primeira e quando saio do carro, falo para os marmanjos:
- Agora podem aplaudir! hihihi
  
Uma coisa é certa, se eu ficar desempregada um dia, encontrarei facinho um emprego de manobrista.