Leitores queridos, ando escrevendo pouco. Pouquíssimo, eu sei. Idéias pululam na minha mente nas horas mais impróprias: quando estou dirigindo, tomando banho ou tentando dormir. Quando me sento à frente desta telinha, a inspiração acaba. Provavelmente isso se deve ao desânimo que tenho sentido ultimamente.
Problemas eu tive, e muitos, nos últimos anos. Mas a cada problema eu me armava de forças e encontrava uma saída. Eram desafios. No entanto, eu nunca deixei de acreditar que era uma fase e que logo passaria. Só que essa fase "maledeta" já dura alguns anos, e toda vez que consigo resolver um problema eu penso que vai melhorar. Mas aí aparece outro problema maior ainda. E a "coisa" vai crescendo, crescendo, e agora eu já não consigo mais acreditar que um dia vá passar.
Recentemente, meu pai recebeu o diagnóstico de Alzheimer. A notícia da doença, por si só, já é uma paulada na cabeça. Some-se a isso uma família louca e desorientada, onde interesses financeiros falam mais alto do que o bem-estar e a saúde das pessoas que a compõe. É sofrimento dobrado!
As pessoas precisam de um "ninho", de um lugar seguro para se refugiar nos momentos difíceis, e eu não tenho isso. Ao contrário, tenho pessoas na família que fazem de tudo para se beneficiar com essa triste situação. É difícil ver a corrupção, a violência, a maldade que existe no mundo pelos noticiários da TV. Mas, e quando essa realidade está dentro da sua família? Aquela pessoa que você conhece desde que nasceu, aquela que deveria lhe estender a mão, torna-se seu pior inimigo. Como lidar com isso?
Hoje eu peço licença, ou como se diz no "juridiquês", data maxima vênia, e vou dividir minhas lágrimas com vocês. Hoje eu quero só colo...
4 comentários:
Menina, sempre que leio seus posts, acho que a gente seria boas amigas... rs... Sempre me identifico demais com o que escreve, sempre.
Esse post poderia ter sido escrito por, mim, ando me sentindo exatamente assim. Minha mãe também recebeu diagnóstico de Alzheimer e minha família só me usa como uma pano de chão. Por isso até me isolei deles.
Sabe, eu preferia ser adotada e amada pela família, do que ter nascido numa que me rejeita absolutamente. E não sei o que fiz de tão grave pra eles.
Enfim, a vida segue... rs
Beijocas
Querida Dama,
Faz muito tempo que eu me surpreendo com a semelhança das nossas vidas, nossas histórias e maneira de ser. Só lamento morarmos em cidades diferentes, tenho certeza que seríamos amigas, daquelas em que basta um olhar para saber o que se passa uma com a outra.
Engraçado que assim que eu comecei a ler pensei logo na Dama... e assim que abro os comentários vejo o dela dizendo que se identificou.
Ultimamente tenho sofrido essa falta de criatividade que vc citou no começo, e isso é muito ruim pq o blog me ajuda a exorcizar os problemas.
A vida tbm anda me pregando peças... na realidade faz tempo que ela me prega pessoas e eu tento fazer vistas grossas... mas ultimamente a minha visão anda mais clara que o dia. Pena que não posso falar de tudo no meu blog... afinal... ele tem vigias.
Eu me vejo cometendo os mesmos erros de uma vida inteira... mas o pior é que eu não sei fazer diferente... eu não sei ser diferente. Infelizmente!
No mais... o que posso te desejar é que fique bem... e continue tendo forças pra suportar.
BeijoZzz
Famílias...os comerciais de margarina vendem uma ideia que quase nunca corresponde à realidade!
Mães calorosas, pais provedores, irmãos que se amam apesar das richas, primos reunidos risonhos em torno da mesa da avozinha...
Mas a gente mora na realidade.
No meu caso, não falo com a minha mãe há 2 anos (opção minha!), meu filho é negligenciado pelo pai, meu pai é falecido...
Dessa fantasia romântica toda, restam meus irmãos e primos... dignos de comercial de margarina.. É perto deles que eu fico.
E os grandes amigos...
Olha em volta, de algum lugar há de vir um colo. Procure e reivindique, sem vergonha! rs
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