Aventure-se comigo...

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sábado, 19 de dezembro de 2009

SÓ UMA VEZINHA, SÓ UMINHA!!



Fale a verdade, mas a verdade mesmo: quantas vezes você se pegou fazendo coisas que acha erradas e critica quem as faz?
Eu estava lendo um artigo de uma psicóloga, ela dizia que temos a tendência em culpar os outros por tudo que é errado.
Há desonestidade no  Brasil? Culpa dos politicos!
O trânsito está caótico? Culpa dos motoboys estressados, dos motoristas folgados, dos outros!
E enfim... enchente em São Paulo? Culpa dessa gente sem educação que joga lixo na rua.
Mas aí ela pergunta: você nunca, mas nunquinha mesmo, jogou um papelzinho que seja na rua?
E naquele dia que vc estava cheio/a de compras e o papel do sorvete caiu sem querer de sua mão?
E naquele dia que seu filho estava comendo maçã e sobrou  um pedaço, você jogou pela janela do carro, só aquela vez?
Todos temos "dias de emergência" Eu respeito fila, mas já furei fila uma vez, por que estava atrasada para uma audiência. Já joguei casca de banana no meio fio (faz muitos anos e até hoje dói na consciência).
 Lendo o artigo, cheguei à conclusão que o que nos torna melhor é quando não sucumbimos à tentação do "só uma vezinha, só hoje..."
Somos melhores quando não fazemos coisas politicamente incorretas só por que estamos com pressa, ou qualquer outra desculpa esfarrapada e conveniente que nos venha à mente.

Abrir concessão parece desculpa de gordo pra escapar do regime: só um pedacinho não vai fazer mal, só uma vezinha não vai engordar.
Claro que faz mal, claro que engorda escapar da dieta, claro que entope o bueiro jogar só um papelzinho, claro que piora o trânsito fazer só aquela vez uma conversão proibida. Todas essas vezinhas somadas,de cada um dos 14 milhões de habitantes (só em São Paulo!!), imagine só...
E não adianta falar no diminutivo - papelzinho,  vezinha, viradinha na contra-mão, furadinha de fila - que não ameniza a m... que estamos fazendo.

São Paulo alagou mais uma vez esta semana, qualquer dia vou trocar meu carro por um caiaque, polui menos, não gasta gasolina e não paga IPVA. Pena que com o aquecimento global (decorrente de tantas concessões que também fazemos em prejuízo do clima) é mais provável que eu morra torrada do que afogada nessa cidade.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Excelente post! Pior que as pessoas são assim... todos somos assim... Somos condescendentes demais com a gente e exigente com o outro!

Algumas vezes o papel caiu da minha mão e eu não voltei pra buscar... ehehe

O importante acho que é vc tentar agir mais certo que errado e não crucificar os outros!

Beijocas

disse...

Eu realmente nunca jogo lixo na rua. Minha bolsa cheia de papéizinhos prova isso. Mas sinais vermelhos são o meu mal hehehehe
Concordo plenamente com a idéia do post... o que eu já vi de gente que reclama de demora em uma fila e quando é atendido conta a história da vida inteira não está escrito. O ser humano a-do-ra achar uma desculpa, mas olhar pra si próprio é bem mais difícil.

Beijocas!

Anônimo disse...

Eu jogo lixo na rua, às vezes, mas só perto de outros lixos, sabe... Tipo: esse grupinho aqui já está arrumadinho pra gari levar. Faço assim.
Bjs e feliz 2010!!!!!!!!!!!

fragmentos disse...

Essa coisa de uma vez apenas é cultural.Para se reverter um quadro com a cronicidade desses seria preciso um esforço no âmbito educacional.Mas,as enchentes,não são apenas o lixo que a população atira na rua.O serviço de saneamento em nossa cidade,na verdade,em todo o país,é uma hecatombe.