Leitores queridos, ando escrevendo pouco. Pouquíssimo, eu sei. Idéias pululam na minha mente nas horas mais impróprias: quando estou dirigindo, tomando banho ou tentando dormir. Quando me sento à frente desta telinha, a inspiração acaba. Provavelmente isso se deve ao desânimo que tenho sentido ultimamente.
Problemas eu tive, e muitos, nos últimos anos. Mas a cada problema eu me armava de forças e encontrava uma saída. Eram desafios. No entanto, eu nunca deixei de acreditar que era uma fase e que logo passaria. Só que essa fase "maledeta" já dura alguns anos, e toda vez que consigo resolver um problema eu penso que vai melhorar. Mas aí aparece outro problema maior ainda. E a "coisa" vai crescendo, crescendo, e agora eu já não consigo mais acreditar que um dia vá passar.
Recentemente, meu pai recebeu o diagnóstico de Alzheimer. A notícia da doença, por si só, já é uma paulada na cabeça. Some-se a isso uma família louca e desorientada, onde interesses financeiros falam mais alto do que o bem-estar e a saúde das pessoas que a compõe. É sofrimento dobrado!
As pessoas precisam de um "ninho", de um lugar seguro para se refugiar nos momentos difíceis, e eu não tenho isso. Ao contrário, tenho pessoas na família que fazem de tudo para se beneficiar com essa triste situação. É difícil ver a corrupção, a violência, a maldade que existe no mundo pelos noticiários da TV. Mas, e quando essa realidade está dentro da sua família? Aquela pessoa que você conhece desde que nasceu, aquela que deveria lhe estender a mão, torna-se seu pior inimigo. Como lidar com isso?
Hoje eu peço licença, ou como se diz no "juridiquês", data maxima vênia, e vou dividir minhas lágrimas com vocês. Hoje eu quero só colo...