Aventure-se comigo...

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

OS INCOMPETENTES DOMINAM O MUNDO?

Recebi um e-mail esta semana (transcrito abaixo), cujo tema é o temor que a inteligência causa nas pessoas pouco privilegiadas deste atributo. 
Os incompetentes são mais eficientes na arte da manipulação, da bajulação (vulgo puxa-saco) e, lamentavelmente, na arte de puxar tapete. Quem nunca foi vítima de um idiota na vida? É muito comum, nas empresas, ver pessoas despreparadas em cargos de chefia, enquanto seus subordinados capacitados são os que "carregam o piano".  
O exemplo-mór de como os idiotas chegam ao poder é, evidentemente, Brasília. Para citar um único exemplo, o Tiririca foi eleito. A falta de inteligência desse deputado era tão evidente que foi necessário submete-lo a um teste de leitura e interpretação de texto para saber se ele teria a capacidade mínima para exercer o cargo.  Como essas pessoas conseguem chegar ao poder, nas mais variadas áreas, desprovidos de inteligência e conhecimento? Creio que, na falta dessas qualidades, os menos privilegiados acabam por desenvolver outras habilidades, essas sim, muito mais eficazes do que a competência, em razão da total inversão de valores em que vivemos.

Aí, ficamos assistindo de camarote, nos noticiários da TV, o caos aéreo, a violência nos centros urbanos, sem termos expectativa de que haverá tempo suficiente para resolver esse problema antes do provavel vexame que será a Copa de 2014. O que esse povo quer? Colocaram o Nelson Jobim para cuidar desse assunto!!! Apesar da sua formação acadêmica ter sido na área jurídica, ele foi sofrível como ministro do STF  e pior ainda como ministro da Justiça (entre ele e o Tiririca, juro que fico em dúvida qual é mais incompetente). Imaginem, então, como será a sua atuação como Ministro da Defesa!
A continuar no ritmo que estamos, o país do futebol vai ser palco do maior fiasco da história das Copas. 
Por precaução, já comecei a estudar espanhol  e comprei uma camisa da seleção argentina.


Texto de autor desconhecido:
Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.
O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: “Meu jovem, você cometeu um grande erro.   Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco
             
Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".
A maior parte das pessoas encasteladas em po-sições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência.
Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder.
Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salva-guardar suas posições conquistadas, com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.
Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas...
Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante!
 Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.
Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

MAIS GENTILEZA, PLEEEEASE!!


Eu gosto de pessoas gentis. Gosto muito. Quando encontro uma, chego a me emocionar, como se eu estivesse diante de um espécime em extinção, tipo um urso albino natural do deserto do Saara.
Hoje a regra é ser impaciente e impessoal. Se você quiser uma pequena amostra da falta de gentileza que permeia o nosso dia a dia, dirija 5 minutos (apenas 5 minutos) em São Paulo em uma avenida movimentada.


Outro fato que me entristece: os idosos não são mais parecidos com a Dona Benta do sítio do Pica-Pau Amarelo. Lembro-me, na minha infância e adolescência, que as pessoas idosas eram calmas, sorridentes, educadas. Hoje eu tenho medo dos velhinhos! Eles andam mais estressados do que os jovens. Experimente contrariá-los em alguma coisa, eles viram uma fera!! Minha mãe foi atacada- literalmente atacada- por uma idosa no balcão de pães do supermercado, porque a atendente serviu-a antes dessa senhora. Minha mãe não é nenhuma jovenzinha, já tem 74 anos, e não percebeu que essa "tresloucada" estava lá antes. Só percebeu que havia algo errado quando foi atacada pelo carrinho de compras da mulher. Ela teve de ser segurada por um funcionário do local para não agredir à tapas a minha mãe.


Outra ação de risco é estacionar o carro em vaga para idoso. Meu irmão foi operado do joelho e ficou usando muletas por alguns meses, sem poder apoiar o pé direito no chão. Um belo dia ele teve de ir ao banco e foi dirigindo. O estacionamento do banco fica no subsolo, sendo necessário subir um lance de escadas, por essa razão meu irmão estacionou na única vaga disponível para deficiente ou idoso em frente à agência. No momento em que ele estava descendo do carro, um casal de velhinhos começou a buzinar logo atrás e a xingá-lo em altos brados, ordenando que tirasse o carro dali. Acharam que se tratava de um desses jovens folgados e idiotas que usam vagas especiais sem necessidade.

Meu irmão ficou super constrangido, todas as pessoas que entravam ou saiam da agência observaram a cena, até que ele saiu do carro com as muletas e o casal parou de gritar.
 

Isso tudo me entristece, as pessoas estão perdendo a ternura no trato com o outro, mesmo que seja uma pessoa desconhecida, um sorriso pode fazer toda a diferença.
Quero esclarecer que eu apóio todas as medidas legais que protegem os idosos e fico indignada com o desrespeito com que muitas pessoas tratam nossos velhinhos, só me surpreendo com a agressividade vinda deles.

Estou escrevendo este post em homenagem a um casal de japoneses  muito idoso, que morava próximo da minha casa. Todos os dias, durante anos, os dois saiam para caminhar, com chuva ou com sol, de mãos dadas. Eles nem sabia falar o noso idioma corretamente, mas sempre que viam algum vizinho, eles paravam e ficavam acenando com a mão, dando tchauzinho por vários segundo, sorrindo, como se quisessem dizer que estavam felizes em nos ver. Não os encontrei mais depois que eu casei e me mudei, no início dos anos 90.


Agora, voltei a morar nessa mesma casa, e me pego percorrendo os olhos nas calçadas da redondeza, na vã esperança de revê-los sorrindo, parados, acenando freneticamente, com alegria estampada no rosto.


Hoje, infelizmente, vejo apenas rostos sem expressão, pessoas que passam todos os dias nessas mesmas calçadas mas nunca vão fazer história. Que saudades daqueles velhinhos...