Aventure-se comigo...

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

UMA NOITE NO MOTEL...


Tudo o que eu queria era passar uma noite  no conforto de um ar condicionado e tentar dormir.  Já fazia 3 noites que eu estava sem dormir por causa do calor insuportável em São Paulo. Isso aliado às preocupações com meu trabalho formava o coquetel perfeito para minha insônia.

Meu namorado chegou de viagem na segunda de carnaval e veio a idéia: por que não passar a noite em um desses motéis que dão direito à pernoite,  escolher uma suíte com ar condicionado, um solarium e uma hidro, para poder tomar sol e me refrescar no dia seguinte pela manhã? Escolha feita, analisando custo/benefício, fomos a um tradicional motel de São Paulo. A suíte duplex, com solarium e hidro gigante no andar superior, um potente ar condicionado, uma TV LCD gigante com todos os canais a cabo, e ainda de quebra... wi-fi (viciado em internet é fróids... leva o notebook até no motel...).

Tudo começou bem, logo ao chegarmos ligamos o ar condicionado... ahhh que delícia. Depois enchemos a hidro gigante com água fria (quem não tem praia nem piscina, se satisfaz com uma hidro, né?). Depois de nos refrescarmos na água geladinha, pedimos o jantar. 

Não resisto em fazer um adendo aqui: os motéis de São Paulo possuem um compartimento próximo à porta, onde a refeição é colocada. Pelo lado de dentro do quarto parece um mini armário,  com uma portinha para dentro do quarto e outra para fora. Meu namorado, carioca desavisado, colocou sua roupa ali, imaginando trata-se de  um  mini guarda-roupa (e bota mini nisso,rssrs). 

Imagine a camareira ao abrir a portinha para colocar o jantar deparar-se com cueca, calça, meia... no compartimento da comida. Deve ter sido uma ginástica para a coitada acomodar a refeição no meio das roupas. 

No entanto, o que prometia ser uma noite gloriosa começou a desandar quando, ao pedirmos o jantar, na primeira mordida, quebra-se o dente do meu namorado e ele quase se engasga com o dito cujo. Ainda sentados à mesa, jantando, notamos que o ar condicionado estava congelando o ambiente. Tentamos diminuir a potência ou aumentar a temperatura, mas em vão. A recepcionista informou que não era possível ajustá-lo (um modelo moderníssimo split hiwall, capaz de refrigerar um auditório com 50 pessoas, tamanha a sua potência.
Desavisados, havíamos apenas colocado na mochila pijaminhas bem leves para passar a noite. A única opção para não morrermos de hipotermia era ligar e desligar o ar de tempos em tempos. E assim foi a noite toda: ora congelando, ora suando em bicas.
Veja lá se tem clima pra namorar numa situação dessas! Dente quebrado, ar condicionado infernal, e ainda, para colaborar... o wi-fi e tampouco a TV a cabo funcionavam.

Meu namorado entregou-se aos braços de Morfeu, e eu fiquei lendo até alta madrugada, mais uma vez sem sono.
E mais uma noite em claro... Ligando e desligando o bendito ar!
Pela manhã, senti saudades do meu ventiladorzinho...

7 comentários:

fragmentos disse...

Me vi,fragmentado diante de sentimentos dúbios.Por um lado,ainda dessa vez,tu não conseguiu,uma trégua em relação,à essa tua já quase folclórica insônia.Fora todos os detalhes que tornaram impossível o perfeito roteiro para uma noitada inesquecível.O outro lado,foi essa sucessão de desapontamentos,quando parece que tudo dispõe de um modo,a contrariar,como querubim desalmado,as nossas melhores expectativas.Belo texto,Cristine.

Cris Medeiros disse...

É o que sempre digo! Verão só é tempo bom pra gente rica... que a casa tem ar condicionado central e um piscina do lado de fora pra se refrescar... Porque pra nós simples mortais, esse verão é uma tortura...

Essa noite, depois de chegar morta do carnaval comecei a dormir e a me levantar pra entrar embaixo do chuveiro. Devia tá uns 35 graus aqui dentro de casa... Jesus! Há muitos anos não vejo um verão tão horrível quanto esse, tenho vontade de entrar na geladeira e ficar lá dentro... rs

Beijocas

Anônimo disse...

Querida,
por acaso seu sobrenome é "Murphy"
kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Puts, e eu pensando que estas falhas de equipamentos só aconteciam em moteis amazônicos

beijos linda
saudades

Art by Lu disse...

Kkkkkkkkkkkkkk, que situação!!

fragmentos disse...

Me esqueci de escrever,que você conseguiu um amálgama palatável,entre a crise e humor sobre ela.Um ensinamento pleno de sabedoria,na verdade.Com humor,aquilo que nos aborrece,tende a ficar mais esmaecido em suas cores mais nefastas.Parabéns Cristine A.

Bill Falcão disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!
Chaplin já tinha avisado sobre isso em 1936, quando lançou "Tempos Modernos". As máquinas chegam, a gente pensa que vão melhorar as coisas, mas....
Você viu o resultado aí, né?
Bjoooooooo!!!!!!!!

Fabio Só disse...

Favor informar o nome do "mortel"...rsrsrs
Seu namorado guardando a roupa naquele "armariozinho" e a copeira enfiando a comida, imaginando a cena...rsrsrs
Beijos