Aventure-se comigo...

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

VOU VIRAR UM ESQUELETO??

Existe uma lenda que diz que cada pessoa importante que fez parte da nossa vida e partiu, leva consigo uma parte nossa. Entenda-se por "partiu" como sendo a ausência dessa pessoa pelos mais diversos motivos e não apenas a morte.
Há os amigos de infância que, com o passar do tempo tomam rumos diferentes, casam-se, mudam-se de cidade ou de endereço - até mesmo de país. Há as pessoas com as quais perdemos contato ao mudarmos  de emprego, de academia, de clube, de praia, de curso,  de cabeleireiro...

Há os amigos que perdemos quando terminamos um namoro, um casamento - os amigos e familiares dela (esposa ou namorada) inevitavelmente ficarão  ao seu lado e vice-versa.

Ontem estive pensando: se essa lenda fosse tomada ao pé da letra, e cada pessoa importante que saiu da minha vida tivesse levado um "pedaço" de mim ( um pedaço do braço, da perna, da barriga...), eu hoje seria a personificação da imagem da personagem do desenho do Tim Robbins, "A Noiva Cadáver".
Por um lado, não seria de todo mal perder a barriguinha que adquiri nos últimos anos e dar uma afinada nas coxas. Por que as perdas não poderiam ter um lado positivo e prático? Nada de regime nem lipo-aspiração!! Separe-se do seu marido e dos amigos mais próximos e perca 20 quilos em uma semana!

Certamente haveria inúmeras  mulheres dispostas a isso ( afinal as mulheres são, por natureza, mais vaidosas que os homens - à exceção dos metrossexuais).

Brincadeiras à parte, fico abismada com as mudanças ocorridas na minha vida nos últimos 5 anos. Nesse período eu "perdi" praticamente todas as pessoas importantes na minha vida, por uma série de razões. Eu, que pouco me importei a vida toda com dinheiro ou status, descobri-me cercada de pessoas cujo sentido da vida eram esses. Nem mesmo o apelo do sangue, da família, do ninho, conseguiu superar a saga pelo dinheiro e o poder que dele decorre.

Ainda não entendi qual a lição que eu deveria ter aprendido, só sei que sinto falta de pessoas que eu possa amar sem receio - amigos, parentes ou até um homem especial.
O que me dói profundamente é ter perdido amigos que eu amava tanto - e por motivos tão fúteis!
Um amigo de longa data deu por terminada a nossa amizade, sem direito a réplica, quando eu repassei um e-mail contendo uma piada sobre o Lula. Ele, petista roxo à época, deixou de falar comigo sem explicação. Somente alguns anos depois, por intermédio de um amigo em comum, eu descobri o motivo do afastamento dele. Dizem que não perdi grande coisa, pois um amigo verdadeiro jamais teria se comportado dessa forma. Sei lá... doeu muito. 
Poderia aborrece-los aqui contando outros "causos" bizarros de ex-amigos e ex-amigas, mas limito-me a dizer que nenhum dos amigos que partiram da minha vida o fizeram por deslealdade de minha parte. 

No que diz respeito aos relacionamentos, vejo mulheres procurando desesperadamente por um namorado, candidato a marido. Muitas querem viver o sonho de serem mães, outras acreditam no príncipe encantado, em alguém que, magicamente, vai preencher o vazio de suas vidas.
Eu sou realista nesta questão, ninguém é capaz ou, tampouco, responsável pela minha felicidade. Isso é algo que depende exclusivamente de mim. Por essa razão, aprecio morar sozinha, verdadeiramente. Mas eu já vivi o momento de querer amar e ser amada, de me perder de paixão. Durante alguns anos eu vivi tudo o que sonhei em um relacionamento: bilhetinhos espalhados pela casa, presentes e flores,  planos, cumplicidade, a certeza de que era para sempre. O prazo de validade foi de 4 anos . Esse, quando partiu da minha vida, levou um pedação. Pelo menos 2 quilos do filet mignon, a melhor parte, aquela que acreditava no amor romântico.

Mas hoje, depois de tudo, o que eu sinto falta é de pertencer a um grupo afetivo, uma "família do coração".
Sou um pouco como um cão que se perdeu na mudança, aparecem pessoas que lhe afagam a cabeça, dão-lhe comida e água, mas ele ainda não achou um novo lar. Enquanto isso, ele vaga meio perdido, sem direção.
Por falar em cão, em meio a esses sentimentos difíceis de serem superados, a esse luto que perdura há alguns anos, digo e repito: o que me dá forças e preenche meu coração de amor e carinho são meus 3 cães, Fred, Loren e Patola. Nos dias mais difíceis, o  Patola pressente minha tristeza e deita-se sobre o meu peito, encostando seu focinho no meu nariz, e olha no fundo nos meus olhos, na minha alma ,com aquele amor que só os cães são capazes de oferecer. Nesses momentos, tudo volta a valer a pena. E peço a Deus, se houver outras vidas, que eu possa lembrar desse olhar em todas as vidas que estiverem por vir...

3 comentários:

Cris Medeiros disse...

Estou bem parecida contigo. Não sinto falta de homem da forma desesperada como vejo muitas mulheres sentindo e procurando de formas mais estranhas possíveis...

Mas de afeto de amigo eu sinto. Alguns se foram mesmo sem explicação, outros por motivos bobos, outros a relação murchou. Eu diria que sinto muita falta de amigos. Não que eu não os tenha, tenho sim, mas os sinto distante por motivos de cotidiano, de vida...

Beijocas

TLT disse...

Muitas já passaram por isso.. assim como vc,aprendi uma lição importante " nunca deixar a felicidade na mão de outra pessoa... você pode compartilhar ( estes momentos serão maravilhosos para ambos) mas nunca deixe escapar dos seus dedos"...

Paz e luz

ps: acompanho seu blog a um bom tempo... adoro-o

=)

Ale_dias.assim disse...

Olá Cristine !!!
Lembro de você, do orkut...
A D O R E I seu cantinho, flor
MARAVILHOSO, Parabéns !!!
posso (per) seguir ??? rssss