Meu amigo Paulinho é uma pessoa muito querida, meiga e tem uma maneira afetuosa de tratar as pessoas. Há alguns meses, combinamos de viajar juntos. Ele sabia o caminho e, por esse motivo, foi dirigindo. Saímos da garagem do prédio ao som do grupo Abba, comendo carolinas de chocolate, felizes da vida.
Mal os pneus do carro tocaram o asfalto da rua, Paulinho se transformou no “Homem de Nearthental”. Engatou a primeira marcha e saiu fechando todos os carros que transitavam no caminho. Na esquina, passou no sinal vermelho e eu, literalmente, fiquei entalada com a boca cheia de carolinas. Não sabia se engolia, tossia ou respirava. E assim foi a viagem toda, ele grudava na traseira de t-o-d-o-s os carros que ousassem ficar na sua frente, buzinava e ainda fazia sinais obscenos, com a mão para fora do vidro.
Assim como Paulinho, milhares de pessoas - homens e mulheres - quando assumem o volante de um automóvel, incorporam alguma entidade do além, daquelas que são do balacobaco. É a única explicação que posso dar para tão bizarra transformação!
Dizem os psicólogos que, pessoas com esse comportamento, extravasam suas frustrações quando se sentem no controle, e dirigir um automóvel é, de certa forma, estar no controle de alguma coisa. Mais do que isso, é ter uma ARMA nas mãos.
A legislação brasileira é muito branda com motoristas que causam acidentes. Um motorista embriagado que mata uma pessoa é acusado por crime CULPOSO – sem intenção de matar. . A penalidade aplicada é uma multa, além de perder uns pontinhos na carteira. Patético, não é?

- Agora podem aplaudir! hihihi
Uma coisa é certa, se eu ficar desempregada um dia, encontrarei facinho um emprego de manobrista.
2 comentários:
Realmente fico boba ao perceber como as pessoas se transformam no trânsito e pessoas tranquilas, como esse seu amigo, que num instante agem como loucos.
Beijocas
rsrsrs...lembra daquele desenho - antigo - do Pateta? Ele é tão atual...
Agora...esse negócio de mulher dirige melhor...rsrsrs...ai ai ai...
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