Aventure-se comigo...

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

AS PESSOAS ENLOUQUECEM NO TRÂNSITO


Meu amigo Paulinho é uma pessoa muito querida, meiga e tem uma maneira afetuosa de tratar as pessoas. Há alguns meses, combinamos de viajar juntos. Ele sabia o caminho e, por esse motivo, foi dirigindo. Saímos da garagem do prédio ao som do grupo Abba, comendo carolinas de chocolate, felizes da vida. 
Mal os pneus do carro tocaram o asfalto da rua, Paulinho se transformou no “Homem de Nearthental”. Engatou a primeira marcha e saiu fechando todos os carros que transitavam no caminho. Na esquina, passou no sinal vermelho e eu, literalmente, fiquei entalada com a boca cheia de carolinas. Não sabia se engolia, tossia ou respirava. E assim foi a viagem toda, ele grudava na traseira de t-o-d-o-s os carros que ousassem ficar na sua frente, buzinava e ainda fazia sinais obscenos, com a mão para fora do vidro.
Assim como Paulinho, milhares de pessoas - homens e mulheres - quando assumem o volante de um automóvel, incorporam alguma entidade do além, daquelas que são do balacobaco. É a única explicação que posso dar para tão bizarra transformação! 
Dizem os psicólogos que, pessoas com esse comportamento, extravasam suas frustrações quando se sentem no controle, e dirigir um automóvel é, de certa forma, estar no controle de alguma coisa. Mais do que isso, é ter uma ARMA  nas mãos.

A legislação brasileira é muito branda com motoristas que causam acidentes. Um motorista embriagado que mata uma pessoa é acusado por crime CULPOSO – sem intenção de matar. . A penalidade aplicada é  uma multa, além de perder uns pontinhos na carteira. Patético, não é?

O velho mito de que os homens são melhores ao volante caiu por terra. Estatisticamente, ELES causam mais acidentes do que ELAS. As companhias de seguro cobram menos das mulheres, justamente por serem mais cautelosas e colidirem menos. Mas, para não me chamarem de feminista,  no quesito baliza, as mulheres costumam dar vexame. Surpreendentemente, sou uma exceção, confesso que eu tenho talento NATO para manobrar. Não raro me espremo em vagas pequenas, sob olhares irônicos de homens que ficam observando, esperando eu me “estrepar”. Qual o quê, eu paro de primeira e quando saio do carro, falo para os marmanjos:
- Agora podem aplaudir! hihihi
  
Uma coisa é certa, se eu ficar desempregada um dia, encontrarei facinho um emprego de manobrista.

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

Realmente fico boba ao perceber como as pessoas se transformam no trânsito e pessoas tranquilas, como esse seu amigo, que num instante agem como loucos.

Beijocas

Fabio Só disse...

rsrsrs...lembra daquele desenho - antigo - do Pateta? Ele é tão atual...
Agora...esse negócio de mulher dirige melhor...rsrsrs...ai ai ai...