Aventure-se comigo...

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

MAIS UM EPISÓDIO DE: "ADVOGADO SOFRE..."

Resolver problema dos outros não é fácil, e advogado nada mais é do que um "resolvedor" de problemas alheios. Só que ele ganha pra isso.
Ruim mesmo é quando ele tem que resolver o próprio problema. Vai passar nervoso e no final não vai receber honorários pelo trabalho que teve.

E eu lhes digo, com conhecimento: advogar em causa própria é o "Ó"... Há um ditado que diz "aquele que advoga em causa própria tem um tolo como cliente".
Se na solução das demandas dos clientes já me estresso com juíz, escrevente, chefe de cartório, oficial de justiça, com a parte contrária, entre outros tantos, imagine quando o cliente e advogado sou euzinha. O estresse é dobrado!!

Vejam só o que me aconteceu: tenho conta no Banco Itaú há mais de 20 anos. Mesma conta, mesma agência, ficha limpa, nunca emiti cheque sem fundos (tudo bem que o limite do cheque especial sempre ajuda, né?). Pois é, sou daquelas clientes certinhas, que paga suas dívidas, que preza pela sua reputação.
Caí na besteira, pela primeira vez na minha vida, de usar o crédito rotativo do cartão de crédito do Banco Itaú - olhem que cliente fiel, até o cartão eu fiz questão que fosse do Itaú, estava "me achando" por ser cliente antiga.

Uma dívida boba, de R$1,500,00 virou uma bola de neve. Quanto mais eu pagava, mais aumentava a dívida. Não sei que matemática esses bancos usam. Cansada de ser explorada, fui conversar com a gerente. Expliquei que eu não estava mais usando o cartão mas que o débito só fazia subir mês a mês. Ela abriu uma ocorrência e disse que iria cuidar de tudo. Senti-me protegida, bem tratada, e por que não dizer, valorizada. Ahhhhhh... eu era uma cliente de mais de 20 anos de agência, oras...

Baixei a guarda (advogado fora do trabalho fica meio tapado, sabe?). Pensei que tudo seria solucionado e, quiçá, ainda iriam me restituir o que eu havia paga a mais.Passados 3 meses, pensei que o "causo" estivesse resolvido.

Estava procurando um apartamento para alugar, não acho seguro morar em casa, sozinha. Meus 3 pitbulls (yourkshires) não assustam nem a sombra.
Depois de ver vários apartamentos, encantei-me com um, exatamente no local onde eu gostaria de morar. Perto de uma praça e com cozinha e área de serviço grandes, para acomodar as feras.

Entreguei toda serelepe a documentação exigida pela imobiliária, comprometendo-me em voltar dois dias depois para assinar o contrato. Porémmmmmmmm... no dia marcado o corretor me liga avisando que havia um probleminha. Chegando à imobiliária, tomo conhecimento da bomba: meu nome estava no SERASA.
- Mas como???? indaguei. Meu nome NUNCA foi inscrito na Serasa, não deixei de pagar nenhuma conta, será que furtaram uma folha do meu talão de cheque? Clonaram meu CPF? Eu tenho uma homônima que tem uma mãe com o mesmo nome da minha? Buááááá...

Descobri que aquela continha do cartão de crédito não tinha sido resolvida pela gerente. Ou melhor, foi resolvida: inscreveram meu nome na Serasa.
Minha cabeça de advogada começa a funcionar a milhão: vou processar esses filadap.......até a quinta geração!! Vou mandar uma notificação para o Banco Central! Vou falar com meu amigo que é desembargador!! Queroi indenização por danos morais, materiais, lucros cessantes, e incessantes, tudo que aparecer na freeeeeeeeenteeeee!
Vou exigir a demissão dessa gerente inútil, como ela pode desdenhar de uma cliente assim tão... tão... antiga?
Aí caiu a ficha. Nos idos do século passado, cliente antigo era valorizado. Honestidade era valorizada, as pessoas eram valorizadas. Valia o fio do bigode. Todos pagavam a conta anotada na caderneta do seu Manoel, dono da quitanda. Não precisava nem de recibo.

Bom, enfiei a viola no saco e fui para casa, não sem antes garantir ao corretor que em 24 horas o problema estaria resolvido.
EU sei resolver esse tipo de problema com o pé nas costas. Mas e os milhões de cidadãos que são lesados todos os dias por essas instituições financeiras que mais parecem agiotas corruptos?

Eu lamento por esse povo, do qual eu faço parte mas sou privilegiada. Eu detenho conhecimentos que me permitem lutar pelos meus direitos. Mas o Zé da esquina vai ficar com o "nome sujo" enquanto não resolver pagar o que essa quadrilha de banqueiros decidem cobrar aleatoriamente.

Meu povo.. a história continua - aguardem a continuação ( antecipo que já fui ao fórum e sapateei, e nem estava usando minha capa vermelha hoje!)

Lição nº 1: pegue uma tesoura e picote todos os seus cartões. Se você tem dinheiro, pague à vista, se não tem não compre.
Vá tomar um cafezinho e esqueça aquela promoçõa m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a


6 comentários:

I'm Blessed disse...

vou seguir os seus conselhos! rs

I'm Blessed disse...

Seguirei os seus conselhos!
Já comecei tomando um cafezinho no "Zé" da esquina...rs

Anônimo disse...

Lição nº 1: pegue uma tesoura e picote todos os seus cartões. Se você tem dinheiro, pague à vista, se não tem não compre.
Vá tomar um cafezinho e esqueça aquela promoçõa m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a

Querida, já fiz isto há muito tempo

já q postou as cenas do próximo capítulo, vou aguardá-lo
adoro qdo dão uma 'gravata' nos bancos

Art by Lu disse...

"Não sei que matemática esses bancos usam."... nem eu!!
Por isso q há + ou - 4 anos não uso cartão de crédito, cheque, nem nada q não seja $$, cash, bufunfa.
Isso já aconteceu com meu pai e pasme, no Itaú!! Ele tbm era cliente antigo e tbm é super certinho nas contas, chega a pagar adiantado, sistemático mesmo. Ele tbm conseguiu resolver o problema, mas realmente, não foi fácil (ele não pagou coisa alguma q não devia e encerrou a conta depois do ocorrido).

Bjão!!

Yussef disse...

Que lástima.

Mas se vale aqui uma consulta, exatamente o quê eu deveria fazer nessa situação?

Esclarecendo que não tenho nenhum tipo de cartão.

Cristine disse...

Yussef, nessa situação, não sendo você advogado, você deve contratar um advogado para ingressar com uma ação de inexigibilidade de débito c/c reparação de danos morais com pedido de liminar para excluir seu nome da Serasa. Além disso, deve depositar em juízo o valor que vc considera correto (ou o valor que está sendo cobrado, se não quiser correr risco do juiz indeferir a liminar).