Aventure-se comigo...

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terça-feira, 15 de março de 2011

PRAGA DE MÃE??

Às vezes minha mãe me coloca em umas roubadas. Quando eu era solteira ela tentou  várias vezes "ajeitar" namoros para mim, com filhos de amigas dela. Com exceção de dois,  os demais eram... uau, estou sem palavras para descrever. Imaginem uma mistura de nerd com  filhinho mimado da mamãe. Nada atraente, certo? Pareciam aqueles primos chatos que querem tirar uma casquinha da prima nas festas de família.

E o pior era que minha mãe me chantageava para sair com eles:
- Mas o fulano é filho da minha amiga, com que cara eu vou dizer a ela que você não quer aceitar o convite dele para jantar?
Putzzz, naquela época saía-se para jantar, não existia o bendito Fran's Café, reduto  paulistano dos primeiros encontros com pessoas que conhecemos na internet. 
A experiência e a sabedoria ensinam: no primeiro encontro, vá a um lugar onde você possa ficar pouco tempo, sem ser indelicado se precisar  fugir rapidamente, caso a pessoa com quem você se está não  for do seu agrado.

Um episódio com um desses "filho-da-amiga-da-minha-mãe" foi marcante. Eu tinha uns 20 anos e ele  era pouca coisa mais velho. A mãe dele ligou para mim, pedindo para eu sair com o filho dela, pois ele era muito tímido e não tinha coragem de me convidar. Olha a saia justa! Não pude recusar, mas fiquei a semana inteira infernizando a minha mãe, que tinha colaborado com esse plano maquiavélico. Numa certa altura minha mãe disse:
- Você está fazendo tanta frescura para sair com esse rapaz, que é bem possível que você acabe gamadona nele. Fica cuspindo pra cima que vai cair na sua testa!

Na noite combinada, ele chegou no portão com uma embalagem na mão. Disse que a mãe dele havia mandado uma lasanha que ela fizera para mim. Eu, abri o portão com uma mão e com a outra peguei a embalagem de alumínio, que com o peso, dobrou-se ao meio,  derramando metade da lasanha no sapato de camurça do rapaz. Ele ficou chutando o pé no ar para tirar os pedações de presunto e de massa que teimavam em grudar no bico do sapato. Eu, mais do que sem graça, pedia desculpas e ele, muito tímido, disfarçava o desconforto dizendo que estava tudo bem.

Fomos a um barzinho. Detalhe: ele não bebia e tampouco eu.  Foi uma noite horrível, ele não tinha assunto, eu estava sem graça com a história da lasanha, e o tempo não passava. Quando ele me deixou em casa, eu abri a porta do carro antes mesmo dele ter estacionado totalmente, para não dar  nem chance dele querer beijinho de despedida. Fugi dos telefonemas dele até que ele percebeu que não haveria um segundo encontro.

De volta a 2011:
Semana passada,  estava  eu serelepe e feliz, almoçando com uma amiga perto do meu trabalho. Estava sentada à mesa, conversando distraidíssima. Um homem muito bonito se aproxima para falar comigo. Pensei que ele fosse perguntar as horas, sei lá.
-Você é a Cristine **, fillha da Dona J**?  pergunta ele.
-Sou sim! - uau, fiquei sem ar, que homem lindo!
- Eu sou o fulano... aquele que você deu um banho de lasanha há muito tempo atras.

Não!! Esse é aquele???  pensei comigo.
Tentei me recuperar da surpresa e disfarçar que tinha ficado de queixo caído. Nós nos falamos rapidamente, ele tinha uma reunião e estava atrasado. Disse que morou na Europa durante muito tempo e fazia poucos meses que estava de volta. Com um sorriso, perguntou se eu poderia acompanhá-lo qualquer noite a algum barzinho legal, desde que eu prometesse não derrubar comida em cima dele. 
Deixou um cartão de visita e pediu para eu telefonar.

O interessante nessa história é que, analisando  meus  ex-namorados, paqueras, amigos dos tempos de solteira, quase todos estão meio acabados. Quase todos barrigudos, envelhecidos, carecas. Ao contrário das mulheres da mesma idade, que continuam bonitonas e atraentes. E a exceção a essa regra tinha de ser justamente o cara da lasanha?  Só pode ser praga de mãe! Cuspi para cima  e caiu na testa, mesmo! 

Lembrei da transformação de um dos atores mais bonitos da atualidade, Patrick Dempsey, que nos anos 80 era muito feio. Milagres acontecem...

Agora, resta a coragem para ligar para o "lasanha man". Vai ver o universo está querendo se vingar de mim pela maneira com que tratei o rapaz no passado. Mas que culpa tenho eu se  ele era um sapo que só depois virou um Adônis? Sei não, acho que vou continuar com meus  atuais namoradinhos  descompromissados, time que está ganhando não se mexe.

quarta-feira, 9 de março de 2011

VOU RASGAR MEU DIPLOMA E ABRIR UM PROSTÍBULO

Eu sou uma pessoa com a cabeça aberta para assuntos relacionados a sexo. Eu respeito a orientação sexual de todos, sou absolutamente contra preconceitos, não fico chocada com fetiches incomuns, não julgo nem recrimino - desde que a prática seja consensual, entre pessoas maiores de idade e  mentalmente capazes.

Mas daí a elogiar uma figura insignificante como a Bruna Surfistinha, que galgou a fama com um livro que sequer foi escrito por ela mesma (mas sim, por um ghost writer) e que acabou por resultar em um filme cuja única ressalva positiva é a atuação da atriz Deborah Seco... vai uma grande distância. 

Eu acho patético essa postura do brasileiro:  pessoas que se dedicam à pesquisa nas mais variadas áreas, que se dedicam à verdadeira arte que acrescenta conteúdo a quem a contempla, jamais conseguirão  espaço na mídia como essa garota de programa sem eira nem beira tem conseguido.
E se você critica, fica com fama de moralista. 

Nã se trata de moralismo, mas de valores. Meu tempo é precioso para perde-lo lendo a biografia de uma garota de programa que optou por essa vida em um momento de rebeldia adolescente de menina mimada.
É o próprio conto de fadas da gata borralheira, que se transforma em princesa, em mulher desejada por tantos homens, que enriquece às custas desses súditos idiotas, e ainda consegue encontrar um principe encantado que se apaixona por ela!!

Alô!! Vamos voltar ao planeta Terra? Que tal pensarmos no combate ao tráfico de pessoas que ocorre no Brasil e no mundo?? Essa prática alimenta redes de prostituição internacionais, como se pode ver no portal do Governo do estado de São Paulo (link ao final). O aliciamento de mulheres no Brasil, costuma se dar por meio de anúncios que prometem empregos e oportunidades no exterior. E milhares de mulheres brasileiras já caíram nessas redes de tráfico acreditando nas falsas promessas para, ao final, tranformarem-se em prisioneiras de redes de prostituição que lucram bilhões a cada ano. Mas essa realidade, infelizmente, não atrai mercado para venda de livros, de produtos vinculados ao assunto. No entanto, uma jovem mulher loira, que sai do conforto de sua casa espontaneamente, para ganhar dinheiro dando a "bacurinha" a quem se disponha a pagar... aí já tem mercado de sobra - haja vista a marca de mais de um  milhão de espectadores no pouco tempo que o filme está em cartaz.

Foi-se o tempo que os pais lutavam para proporcionar boas escolas aos filhos, para que eles pudessem estudar, cursarem uma faculdade e "serem alguém na vida".
Hoje, o sonho dos pais e que o filho seja jogador de futebol e a filha uma dançarina /modelo ou, pelo visto, a partir de agora, uma bem sucedida garota de programa. 
Quem sabe um dia haverá curso para se tornar uma prostituta bem sucedida.

Nada contra as prostitutas, eu não invejo a vida que elas levam, por melhor que seja a rentabilidade da profissão. Mas alçar uma garota de programa à condição de "artista/escritora"  bem sucedida, alguém que possa servir de modelo de pessoa bem sucedida é o fracasso total de nossa sociedade.

Melhor, então, rasgarmos nossos diplomas, trancar a matrícula de colégios e faculdades, interromper pesquisas e cancelar congressos, vamos todos nos aperfeiçoar na arte da sedução e do sexo  - seja no atendimento direto  ou na captação de clientes. Afinal, para a maioria, os meios justificam os fins.  E nada é mais  vaorizado nos dias de hoje do que uma gorda conta bancária.

Leia mais sobre o combate ao tráfico de seres humanos: 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

FACEBOOK É PROPAGANDA DE MARGARINA?

Vocês já perceberam como a maoria das pessoas que mantém um perfil no Facebook faz questão de postar fotos de viagens, festas ou fotos com aquele "olhar bovino" de apaixonado(a) junto ao seu par?
De uns tempos para cá, eu estou participando desse site de relacionamentos, em razão do meu engajamento à causa animal.  Ali eu entro em contato com pessoas e ONGs que cuidam de animais abandonados, vítimas de maus-tratos, histórias muito tristes e o Facebook foi uma boa ferramenta para essa finalidade.
Mas, o que me motiva a entrar ali acaba se confrontando com as coisas que eu vejo nas páginas de amigos e, confesso, desconhecidos.

Pois é... fico estarrecida com a cara de pau de certas pessoas que fazem de tudo para demonstrar o quanto são belas, felizes, bem sucedidas, quando na verdade eu sei que é bem o oposto. Tem gente devendo pra Deus e o mundo, enrolada em dívidas bancárias, prestes a ser despejada, e aparece lá no perfil, em dezenas  de fotos da viagem recente a um desses resorts paradisíacos.

Durante a semana, sou procurada por essas mesmas pessoas, que estão em busca de um advogado amigo, que cobre "baratinho", para defende-las em ações de cobrança de toda a sorte. Façameofavor, né??  Na hora de gastar em hotéis de luxo nas férias (enquanto eu labutava nesse calor paulistano), essas mesmas criaturas não pensaram em economizar, e vão querer pechinchar justamente na hora de pagar honorários para  o advogado??

E tem ainda aquele casal que se odeia, só não se separam por causa dos filhos - ou para não ter de fazer a partilha dos bens - posando de amantes à moda antiga, com direito a legenda nas fotos declarando todo o amor que sentem um pelo outro. Hããã? Querem enganar a quem?

Uma amiga recém separada disse que não tem perfil no Facebook porque fica deprimida ao ver seus amigos casados e felizes e ela  se sente sozinha e fracassada. Mal sabe ela que, na verdade, esse teatro todo é um engodo, para iludir pessoas desavisadas, que acreditam nessas fotas que mais parecem anúncio de margarina: a mamãe servindo o café da manhã, o papai de terno sentado à mesa com os filhos  (lindos, loiros de olhos azuis), todos sorrindo, que família perfeita! Só mesmo no comercial!

Por que essas pessoas não publicam as fotos do Natal, depois que ficaram bêbadas e deram vexame? Ou as fotos das inevitáveis brigas familiares, as fotos  com cara de tédio no trabalho diário, as fotos das (os) amantes?? Ah... é que esses momentos nunca são registrados, eles são varridos para debaixo do tapete.

Se nós formos comparar a imagem que as pessoas nos passam com a nossa realidade,  estamos fadados à infelicidade, ou à inveja e frustração. Aliás, é exatamente isso que esse comportamento busca: despertar a inveja do outro, por meio de uma imagem falsa, criada com o intuito de demonstrar qualidades que não se têm. Já existem pesquisas a esse respeito que comprovam o resultado nocivo na auto-estima de inúmeras pessoas, ao se depararem com o "mundo maravilhoso do Facebook" (veja ao final o link).
Como disse a minha querida Dra Alina, quem está feliz não tem tempo para ficar publicando fotos na internet, está mais empenhado em ocupar seu tempo com o que o faz feliz.  É fato!

Eu estou feliz, minha vida aos poucos volta a ser preenchida de sentido, em breve vou adotar uma cachorrinha  abandonada, a Pitika, que precisa de amor e cuidados -isso me faz um bem danado! 
O meu perfil no Facebook tem esse propósito e, com isso em mente, passei a conhecer pessoas interessantes, que compartilham das minhas idéias e meus ideais. 

Pois bem, caros leitores, chego á conclusão de que os sites de relacionamento não são um mal em si, eles dependem do uso que cada um de nós faz deles. E existem maneiras de bem usá-los. Mas... como diz minha mãe: tem gente que aprecia os olhos, e outros que gostam da remela.
Aos que apreciam o narcisismo alheio, bom proveito!
Eu, por outro lado, estou sempre garimpando pedras preciosas e acabo encontrando...

Veja sobre Facebook e a inveja:

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A BAGUNCEIRA



Ontem assisti  "Tropa de Elite 2".  Enquanto eu assistia ao filme, lembrei-me de um fato ocorrido há muitos anos, quando eu era solteira e morava nesta mesma casa para a qual me mudei há um mês.


Eu sempre fui bagunceira, por mais que eu tente não consigo ser organizada. Minha mesa de trabalho é uma "zona" (mas eu sei onde está cada papel no meio da bagunça). Meu consolo é que quase todos os meus amigos advogados são tão ou mais bagunceiros do que eu -que o diga a Sandroca, o arquivo dela é um buraco negro, de onde desaparece tudo que entra ali...rs
Enfim, voltando ao meus tempos de jovenzinha, por volta dos meus 18 anos, convidei uma amiga da faculdade para dormir na minha casa no final de semana. Meus pais estavam viajando, um dos meus irmão estava na casa da namorada e o outro já era casado, morava próximo daqui.

Depois de uma noitada dançando com  nossa turminha, eu e minha amiga chegamos em casa muitto cansadas. Quando entrei no meu quarto, vi "A" bagunça de roupas em cima da cama, no chão, gavetas reviradas, resultado da escolha da roupa que eu iria usar para sair naquela noite.
Não tive dúvidas, fomos dormir no quarto do meu irmão, lá tinha duas camas de solteiro, arrumadinhas. Apagamos as luzes por volta das 3 da manhã. Logo em seguida, começamos a ouvir passos pela casa. Minha amiga cochichou:
- Você ouviu isso ou eu tô delirando?
-Ouvi, respondi. Tem gente lá embaixo.

Ficamos apavoradas. A porta do quarto estava trancada, a janela dava para a frente da casa. O barulho vinha dos fundos. Com as mãos tremendo, telefonei para o meu irmão casado e pedi a ele que chamasse a polícia e que ele viesse junto.
Ele pegou o carro e veio voando, no camimho encontrou uma viatura da ROTA e contou aos policiais o que estava  ocorrendo. Em poucos minutos a viatura parou em frente à casa. Olhei pela janela e vi dois policiais escalando nosso portão e chegando à sacada do quarto em poucos segundos.  Coisa bonita de ver, a coragem, a agilidade deles.
- Fiquem calmas, vamos salvar vocês, somos da polícia .
Eles, claro, queriam fazer bonito para duas jovens em perigo.
Minha amiga dava gritinhos e batia palmas, histérica. Para ela tudo parecia um filme de aventura. Enquanto isso eu estava morrendo de medo do ladrão arromabar a porta do quarto antes da polícia conseguir entrar. 
Os policiais pularam pela janela do quarto onde estávamos, perguntaram se tinha mais alguém na casa e foram revistar o imóvel.
Um deles logo me chamou, dizendo:
- Veja, eles entraram neste quarto, está tudo revirado! Verifique o que foi levado.
Ai, que vergonha... quando entrei no quarto vi que estava do mesmo jeito de antes, a bagunça era minha mesma.
Minha miga estava encantada com um dos policiais que ficou no quarto para nos proteger, nem tchum para o possível assaltante, muito menos para a minha vergonha ao responder que a bagunça era minha mesma e não do ladrão.
Depois de revistarem a casa, os policiais encontraram eletrodomésticos junto à porta dos fundos - liquidificador, espremedor de frutas, etc. O ladrão pé-de-chinelo deve ter ouvido o barulho da viatura e fugiu pelos fundo.

Até esse episódio, eu tinha medo da polícia, achava que polícia era pior do que bandido. Mas, na hora do "vamos ver", são eles que mostram a cara, que arriscam a vida para salvar moças indefesas -e bagunceiras.
O filme fez com que eu recordasse essa passagem da minha vida. Desde meus 18 anos, muita coisa mudou, mas a minha bagunça continua a mesma...minha sala está cheia de caixas da mudança, meu quarto, bem... tem algumas rouopas espalhadas (graças a Deus eu tenho a Nalva, que amanhã estará aqui cedinho para dar um jeito).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O BEM - DOTADO - parte 1



ANTES DE MAIS NADA:
Gostaria de agradecer aos meus leitores de Portugal e dos Estados Unidos pelo apoio. É bom saber que estas linhas chegam tão longe! Mandem comentários, pelo blog ou por e-mail: cristine.sampa@hotmail.com


Agora vamos ao tema:
Faz duas semanas que eu voltei a morar na minha antiga casa. Resisti bravamente durante 18 meses em um apartamento, convivendo com o vizinho mais insuportável e arrogante que possa existir na face da Terra. 

Não importa o local onde se mora, sendo apartamento, inevitavelmente haverá: um vizinho chato, outro folgado (que estaciona o carro ocupando duas vagas), o vizinho barulhento (adora dar festas até alta madrugada, ou o filho toca bateria e tem uma banda que ensaia no apartamento, ou gosta de ouvir música sertaneja  no  último volume, ou todas as anteriores juntas), o encrenqueiro (reclama de tudo e acha que o síndico sempre está roubando), dentre outras figurinhas fáceis de se encontrar em um condomínio residencial.

Never more, voltei para minha casa, nunca me senti tão feliz! Mas toda mudança tem seus “pobremas”. A começar pela atualização do endereço para correspondências. As empresas de telefonia móvel, os bancos, as administradoras de cartões de crédito, as empresas de TV por assinatura,  todas fazem um pacto para complicar a vida de quem se muda – ou melhor, para complicar a vida do consumidor que precisa solicitar   qualquer coisa por meio do SAC. 
O cliente liga, é atendido por uma gravação que dá inúmeras opções no menu de atendimento - cada vez que você escolhe uma opção aparecem mais 10, e assim por diante, até que...
pimba... entra aquela musiquinha i-n-f-e-r-n-a-l e uma voz repetindo “sua ligação é muito importante, não desligue”.  Fala sério, é torturante.

Tentei transferir minha assinatura da Sky para o novo endereço. A mesma ladainha, apenas com um diferencial PATÉTICO (juro, patético mesmo). A voz da gravação quer te enganar, fazendo de conta que você está conversando com alguém em tempo real. Ela interage com você, forçando uma linguagem descontraída, solicita o seu código para te identificar.
Depois que eu digitei o código de assinante, ouvi o barulho "tec tec tec" de um teclado, como se a robozinho estivesse  digitando o número que eu acabara de informar. E ela ainda responde: -Legal, achei o seu cadastro!
É tão ridículo que parece pegadinha. Eu me senti a própria retardada, interagindo com aquela gravação. 


Enfim, agendei a visita do técnico para a data mais próxima – 10 dias de espera. Obviamente, o técnico não compareceu na data marcada, nem no dia seguinte, nem no outro, nem nunca. Cansei de reclamar e passei a me acostumar com uma vida sem TV. Mas sem filmes e seriados, jamais!!

Falei tudo isso para chegar no assunto principal que me traz aqui hoje.T endo em vista que estou sem TV por assinatura há mais de 15 dias e  me recuso, repito r-e-c-u-s-o a assistir BBB e novela (canais abertos pegam com antena normal), aluguei alguns filmes e seriados. 


Dentre os seriados que aluguei, uma grata surpresa: o desconhecido “HUNG”. Na verdade é uma mini-série produzida pela HBO. Amei, ri demais, não via a hora de chegar em casa para assistir mais um capítulo.
A história gira em torno de um professor de história e técnico de basquete, que na adolescência foi  bambambam, casou-se com a líder da torcida feminina, só que a falta de dinheiro acabou separando o casal, a ex-mulher arrumou um marido rico (que era o nerd da turma da escola). Não bastasse isso, a casa do protagonista pega fogo, ele é demitido e fica na &*%#@.
Sem saber o que fazer da vida, já quarentão, descobriu que a única qualidade que tinha  que pudesse se tornar rentável era o fato de ser “bem dotado”. 
Aí aparece uma figura hilária, uma mulher muito maluca, que acaba virando a cafetina dele. Um humor muito inteligente, mostrando o outro lado do comércio sexual, com humor e verdade. 


As mulheres, provavelmente, acabam se identificando com algumas cenas. Eu mesma identifiquei-me com as cenas menos... digamos... convencionais. 
Os homens poderiam aprender muito com essa mini-série. A exemplo do protagonista, muitos homens acham que mandam muito bem e coisa e tal -mas deixam a desejar, viu?
Não basta ser bem-dotado ou entender do babado. Tem que ter "borogodó". 

Enfim, essa mini-série está rendendo altas análises filosóficas na minha cabecinha, comecei a assistir a segunda e última temporada e mal posso esperar para assistir tudinho e vir contar aqui o resultado das minhas elocubrações mentais.


Fica para o próximo post  minha análise desse universo de sexo, fetiches e diversão, onde o homem é o objeto  sexual,  e as mulheres são verdadeiras "meneaters" . NHACC.

sábado, 29 de janeiro de 2011

TROCADA POR UM CACHORRO

Uma amiga muito próxima terminou com o namorado. Aliás, este início de ano está o bicho, quem estava casado separou, quem namorava terminou, tá todo mundo solto por aí.

Mas essa história é curiosa, lembra muito a música do Renato Russo, "Eduardo e Monica".

A minha amiga - vou chamá-la de Monica, em homenagem - desde o início desse relacionamento, sabia que dificilmente daria certo. E, como toda mulher que se preze, achou que com o tempo tal "Eduardo" poderia mudar. O moçoilo em questão não tinha muita experiência em relacionamentos sérios, era uma pessoa muito fechada e reservada. Quando a conheceu, apaixonou-se perdidamente – e a paixão, todos sabemos, é um fogo que consome o próprio sentimento.

Pior ainda, ele apaixonou-se por uma imagem criada na fantasia dele, de que ela era "A" mulher, maravilhosa e perfeita. Imagine a responsabilidade de corresponder a tal expectativa! (lembram-se de "Rebeca, a mulher inesquecível?")

A Monica desta história, obviamente, não é nenhum ser de outro planeta, mas, sim, uma mulher comum com seus encantos próprios, que tem TPM, que acorda com remela no olho, que tem contas para pagar no fim do mês e perfeitamente viável de ser amada. Aí vem o dilema: valeria à pena tentar?

Pensou ela com seus botões: na vida é melhor se arrepender do que se faz, ao invés de se arrepender do que se deixou de fazer. E lá foi ela, esperando que o raparigo amadurecesse e ambos conseguissem desenvolver um sentimento mais real, que não fosse aquela babação de paixonite adolescente.

Ahh, mas a Monica, já escaldada de outros relacionamentos, embarcou na viagem com período probatório definido: um ano. Era tempo de passar a babação e surgir (ou não) aquele sentimento de cumplicidade que mantém um casal juntos. Só assim ela saberia se o que eles sentiam um pelo outro suportaria as crises e os momentos em que ela estivesse "endiabrada" – como toda mulher é passível de ficar (ah, os hormônios).

E não é que, passado o período probatório, ela faz uma simples pergunta:

-Você me ama?

Ele sem jeito, demora um pouco e, responde:

- Ah, eu amo você, amo o seu cachorro, a nossa vida juntos, bláblábláblábláblá (depois de dizer que amava o cachorro dela, ela parou de escutar o fim da conversa).

Sim, cães são adoráveis, eu amo os meus. Meu ex-marido dizia que gostava mais dos nossos cães do que dos filhos dele, mas nunca se atreveu a dizer que gostava mais deles do que de mim...hehehe




Convenhamos: um homem comparar o sentimento que tem por uma mulher com o sentimento por um cão, é de matar! Não seria mais honesto ele pegar a deixa e responder que não estava mais certo sobre os seus sentimentos?

Calma lá, ainda não acabou a odisséia de Monica, nãnãnã...

Devidamente rompido o relacionamento, ele tenta se justificar, mandando para ela um e-mail, onde alegava ter sido mal interpretado nas suas palavras. Passa a descrever a sua visão sobre o amor que sentia por ela, um belíssimo texto. O único problema é que plagiou toda a lenga-lenga sobre o seu suposto sentimento de amor! Ele copiou, palavra por palavra, uma mensagem que recebeu de uma amiga a tempos atrás, onde ela descrevia sobre o amor. E, para azar desse Romeu tupiniquim, essa mensagem estava gravada no computador da "Monica".

Ahh, Eduardo, vacilão. A Monica, passado o choque, resolveu se desfazer do cachorro – já basta a competição de outras mulheres, mas perder para o cachorro já é demais!

Tem finais felizes, finais tristes e finais hilários Este, definitivamente, merece ficar registrado na última categoria. Acho que vou repensar essa história de "é melhor se arrepender do que se faz..."

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MINHA VIDA PAULISTANA


Nasci na Maternidade São Paulo, localizada a poucos metros na Avenida Paulista. Estudei na Universidade de São Paulo. O que mais poderia resultar do meu destino? Nasci com essa cidade irremediavelmente marcada na minh' alma.

Às vezes, confesso, não sinto tanto orgulho de ser brasileira, sinto v-e-r-g-o-n-h-a.  A cada novo escândalo de corrupção que aparece, quando vejo nosso Judiciário às sucatas, quando pago impostos aviltantes (o governo é meu sócio vagabundo, que não ajuda, só atrapalha e ainda ganha a melhor fatia do lucro).


Mas ser paulistana, isso sempre foi meu orgulho! E daí que não temos as belezas naturais do Rio de Janeiro e de tantas outras cidades maravilhosas do país? Temos tantos encantos, que só o olhar atento é capaz de captar – e aí... apaixonar-se por esta selva de pedras.

Sempre gostei da noite, não que eu seja boêmia, mas eu gosto de ficar acordada até madrugada, apreciar a escuridão ou as estrelas e o luar. Aprecio o silêncio da madrugada, mas não aquele silêncio monótono nas pequenas cidades, ou das montanhas, aonde a ausência de som chega a incomodar. O silêncio de São Paulo é diferente, é pulsante. A cidade nunca para.



Lembro-me da época de faculdade, eu estudava à noite na faculdade de Direito do Largo São Francisco, uma das mais antigas do Brasil, construída no centro histórico da capital. E o centro, à noite, não é exatamente um lugar turístico. Mesmo assim, os estudantes conheciam antigos botecos "mosca frita", nada luxuosos, mas com atendimento caloroso e cuja freqüência era basicamente dos estudantes da Sanfran. Coisas de cidade do interior...


E namorar no carro?? Eu ainda sou da época que se namorava no carro. Meu lugar favorito era a Praça do Pôr do Sol, em Pinheiros de onde se podia ver uma boa parte da cidade, era como um mirante. À noite, vários carros estacionavam lado a lado, para namorar e outras coisinhas mais. Não raro percebia-se um carro balançando de um jeito esquisito, com os vidros embaçados...


Eu mesma evitava namoros mais "calientes" dentro do carro, uma vez eu e um namorado da faculdade fomos pegos no maior amasso dentro do carro, pela polícia montada que fazia ronda na Cidade Universitária. Quase morri de vergonha, aprendi a lição.


Quando fecho os olhos e pergunto-me o que mais gosto em São Paulo, vem a minha cabeça:


* Saber que a qualquer hora, do dia ou da noite, haverá lugares abertos e pessoas para me atender, seja em um restaurante, em um supermercado 24 horas, em uma banca de jornal, um cyber café. Esse é o principal fator que me faz ser feliz aqui, saber que estou no meio de gente, a qualquer momento. E tem momentos que bate aquelaaaaaaaaaaa vontade de comer doce, só aqui tem a Ofner 24 horas, que não fechou nem na virada do ano!


** O zum zum zum constante – aqui nunca se está só.


*** Poder encontrar de tudo, desde aquela comida indiana deliciosa até um lustre antigo comprado nas feirinhas de antiguidade.
 
Eu adoro a mistura de etnias e "raças" em São Paulo. Não gosto da palavra "raça", mas que outro termo usar para ser compreendida? Eu gosto da mistura de nordestinos e mineiros, gaúchos e japoneses, brancos, negros, amarelos, alguns meio acinzentados pela poluição. Tem gente boa e gente ruim em todas as raças. A melhor pessoa que conheci até hoje é uma baiana retada, minha Clemilda, mãe e filha ao mesmo tempo.
A beleza de São Paulo está na mistura, essa cidade acolhe a todos de braços abertos, todos conseguem um espaço aqui, basta querer e trabalhar para isso. É a terra da oportunidade, não é fácil, mas é viável.


Quem se importa se São Paulo não é uma cidade esteticamente bela? A beleza do seu povo supera qualquer coisa...

 

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

VOU VIRAR UM ESQUELETO??

Existe uma lenda que diz que cada pessoa importante que fez parte da nossa vida e partiu, leva consigo uma parte nossa. Entenda-se por "partiu" como sendo a ausência dessa pessoa pelos mais diversos motivos e não apenas a morte.
Há os amigos de infância que, com o passar do tempo tomam rumos diferentes, casam-se, mudam-se de cidade ou de endereço - até mesmo de país. Há as pessoas com as quais perdemos contato ao mudarmos  de emprego, de academia, de clube, de praia, de curso,  de cabeleireiro...

Há os amigos que perdemos quando terminamos um namoro, um casamento - os amigos e familiares dela (esposa ou namorada) inevitavelmente ficarão  ao seu lado e vice-versa.

Ontem estive pensando: se essa lenda fosse tomada ao pé da letra, e cada pessoa importante que saiu da minha vida tivesse levado um "pedaço" de mim ( um pedaço do braço, da perna, da barriga...), eu hoje seria a personificação da imagem da personagem do desenho do Tim Robbins, "A Noiva Cadáver".
Por um lado, não seria de todo mal perder a barriguinha que adquiri nos últimos anos e dar uma afinada nas coxas. Por que as perdas não poderiam ter um lado positivo e prático? Nada de regime nem lipo-aspiração!! Separe-se do seu marido e dos amigos mais próximos e perca 20 quilos em uma semana!

Certamente haveria inúmeras  mulheres dispostas a isso ( afinal as mulheres são, por natureza, mais vaidosas que os homens - à exceção dos metrossexuais).

Brincadeiras à parte, fico abismada com as mudanças ocorridas na minha vida nos últimos 5 anos. Nesse período eu "perdi" praticamente todas as pessoas importantes na minha vida, por uma série de razões. Eu, que pouco me importei a vida toda com dinheiro ou status, descobri-me cercada de pessoas cujo sentido da vida eram esses. Nem mesmo o apelo do sangue, da família, do ninho, conseguiu superar a saga pelo dinheiro e o poder que dele decorre.

Ainda não entendi qual a lição que eu deveria ter aprendido, só sei que sinto falta de pessoas que eu possa amar sem receio - amigos, parentes ou até um homem especial.
O que me dói profundamente é ter perdido amigos que eu amava tanto - e por motivos tão fúteis!
Um amigo de longa data deu por terminada a nossa amizade, sem direito a réplica, quando eu repassei um e-mail contendo uma piada sobre o Lula. Ele, petista roxo à época, deixou de falar comigo sem explicação. Somente alguns anos depois, por intermédio de um amigo em comum, eu descobri o motivo do afastamento dele. Dizem que não perdi grande coisa, pois um amigo verdadeiro jamais teria se comportado dessa forma. Sei lá... doeu muito. 
Poderia aborrece-los aqui contando outros "causos" bizarros de ex-amigos e ex-amigas, mas limito-me a dizer que nenhum dos amigos que partiram da minha vida o fizeram por deslealdade de minha parte. 

No que diz respeito aos relacionamentos, vejo mulheres procurando desesperadamente por um namorado, candidato a marido. Muitas querem viver o sonho de serem mães, outras acreditam no príncipe encantado, em alguém que, magicamente, vai preencher o vazio de suas vidas.
Eu sou realista nesta questão, ninguém é capaz ou, tampouco, responsável pela minha felicidade. Isso é algo que depende exclusivamente de mim. Por essa razão, aprecio morar sozinha, verdadeiramente. Mas eu já vivi o momento de querer amar e ser amada, de me perder de paixão. Durante alguns anos eu vivi tudo o que sonhei em um relacionamento: bilhetinhos espalhados pela casa, presentes e flores,  planos, cumplicidade, a certeza de que era para sempre. O prazo de validade foi de 4 anos . Esse, quando partiu da minha vida, levou um pedação. Pelo menos 2 quilos do filet mignon, a melhor parte, aquela que acreditava no amor romântico.

Mas hoje, depois de tudo, o que eu sinto falta é de pertencer a um grupo afetivo, uma "família do coração".
Sou um pouco como um cão que se perdeu na mudança, aparecem pessoas que lhe afagam a cabeça, dão-lhe comida e água, mas ele ainda não achou um novo lar. Enquanto isso, ele vaga meio perdido, sem direção.
Por falar em cão, em meio a esses sentimentos difíceis de serem superados, a esse luto que perdura há alguns anos, digo e repito: o que me dá forças e preenche meu coração de amor e carinho são meus 3 cães, Fred, Loren e Patola. Nos dias mais difíceis, o  Patola pressente minha tristeza e deita-se sobre o meu peito, encostando seu focinho no meu nariz, e olha no fundo nos meus olhos, na minha alma ,com aquele amor que só os cães são capazes de oferecer. Nesses momentos, tudo volta a valer a pena. E peço a Deus, se houver outras vidas, que eu possa lembrar desse olhar em todas as vidas que estiverem por vir...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FAZENDO AS PAZES COM A MULHER SELVAGEM

Por que teimamos em contrariar o óbvio?

Quando eu me casei com o  meu primeiro marido, eu sabia que não iria ficar com ele "para sempre". Na verdade, eu casei sem amá-lo, casei por que, à época, eu tinha plena convicção de que não encontraria um homem que pudesse amar de verdade.
Uma das cenas que ficou guardada em minha memória foi a da cerimônia do  meu casamento, no momento em que, encerrados os cumprimentos, eu e meu marido nos viramos para descer do altar e sair da igreja.
Naquele instante, quando eu me virei para a saída, olhando em direção do corredor e dos convidados eu pensei:
- Mas que p*&%# que eu to fazendo aqui?

Ficamos casados por 5 anos, durante os quais ele foi um marido muito carinhoso e companheiro, mas nossa relação era quase incestuosa. Para mim ele era um filho.

Conheci meu segundo marido no final do meu casamento. Ele serviu como o empurrãozinho que eu precisava. Já o segundo marido foi amor à primeira vista. Lembro-me com exatidão da primeira vez  em que nos vimos, o que ele vestia, a expressão em seu rosto. Durante 4 anos ele foi tudo o que eu sonhei viver em um relacionamento. Fui totalmente feliz. 
Mas, a vida não se acomoda - a minha foi sacudida por uma tsunami e nada ficou o lugar. Até hoje não sei explicar o que aconteceu, apesar de ter minhas teorias,. Não houve aqueles clichês de traição, nada disso. Simplesmente... ele mudou e eu mudei.

E aí, o casamento foi acabando, gota a gota.  Durante os 12 anos que ficamos casados, ele não se tornou como um filho, a exemplo do primeiro marido. Ele se tornou um estranho.
Eu poderia ter dado outro rumo antes de terminar o casamento de uma forma patética. Mas, contrariando o óbvio, fui empurrando com a barriga, achava que era coisa da minha cabeça, que eu estava "querendo demais". Até que descobri que eu dormia com o inimigo.

E assim, em várias ocasiões da minha vida, eu contrariei o óbvio. Mesmo sabendo que havia algo muito errado ou estranho em certas situações, eu insisti e duvidei do meu "feelling", do meu sexto sentido.
- Aquele indivíduo que eu de cara não gostei, mas me esforcei em gostar? Mostrou-se um tremendo f&##%@
- Aquele funcionário que me deixava incomodada toda vez que ele estava perto de mim e eu senti dó em mandar embora? Um sacana profissional.
- Aquela amiga que eu admirava e tanto gostava, mas que parecia nunca ter tempo para mim? Eu insisti na amizade e no afeto até conseguir aceitar o fato de que a amizade não era recíproca.
- Aquela pessoa que se aproximou de mim, achando que eu era a salvação dos seus problemas, a realização dos seus sonhos e eu no fundo sabia que tudo não passava do fruto de uma idealização? Acabou no vazio.

Este ano eu prometi a mim mesma: vou dar crédito ao meu instinto, ou como se denomina no sensacional livro "Mulheres que correm com os Lobos"**,vou ouvir a mulher selvagem que habita em mim. Selvagem no sentido de pura em instintos, que corre livre com os lobos, que possui uma sabedoria milenar que transcende gerações. 

Não quero mais lutar contra o óbvio. Quero ser sábia para aceitar e respeitar O QUE É e não me enganar pelo que PODERIA TER SIDO.
Já dizia o poeta: "O que tem de ser tem muita força, tem uma força enorme"


** Trecho do livro citado de autoria de Clarissa P. Éstes "...Tendo a Mulher Selvagem como aliada, como líder, modelo, mestra, passamos a ver, não com dois olhos, mas com a intuição, que dispõe de muitos olhos. Quando afirmamos a intuição, somos, portanto, como a noite estrelada: fitamos o mundo com milhares de olhos."

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O LADO BOM DO PÉ NA BUNDA


 

Quem nunca levou um pé na bunda até hoje? Deve ter doído, mas agradeça a ele/ela ter tido a coragem de dar um chega-prá-lá. Um bom pé na bunda pode ser altamente libertador!!

Vejo tantas pessoas sofrendo por terem levado um fora, eu sei que isso é péssimo para a auto-estima de qualquer um, que a pessoa se sente um lixo, blábláblá. Mas vejam por outro lado: muito pior é você se envolver com um(a) ENROLADOR(A).


Hoje uma amiga me ligou, preocupada com outra amiga, que está num "ata e desata" com um sujeitinho pseudo legal, mas que no fundo é um tremendo cafajeste. Ele suga a alma, o amor-próprio, as economias, a energia e tudo o mais que essa mulher tem. Já é mais que sabido que ele não a ama, nunca amou nem vai amar. Mas ele tem aquele charme que só os cafajestes possuem, vai enrolando a coitada com aquele ar sujeito legal, sabe dar atenção na medida certa e ignorá-la o suficiente para deixá-la insegura e carente.


Todo mundo conhece uma história parecida –ou já viveu uma assim. Qual seria a melhor solução para essa situação? O famoso pé na bunda. Já que ela não consegue se desvencilhar do marmanjo, ele bem que poderia honrar as calças que veste e dar um fim ao sofrimento da coitada. Um golpe de misericórdia.


Convenhamos... tristeza passa, pode demorar mais ou menos tempo, mas viver no "enrolation" é viver eternamente no inferno.


Tem homem que, para não dar o pé na bunda, desaparece. Esses são o pior tipo. Uma das minhas melhores amigas da faculdade topou com um espécime desse. Namoraram 3 meses, maior paixão, quis conhecer a família dela, os amigos, promessas de casamento e... S-U-M-I-U.


Ela ligava ele não atendia, ela foi à casa dele várias vezes e ele não respondia à campainha. Até que um dia a faxineira estava lá e sutilmente deu um conselho a ela: esquece dele, ele não vai mais falar com você.


Dá pra entender a cabeça de um sujeito desses? Não era muito melhor falar na lata:


- Olha, fulana, acho melhor terminarmos por aqui, você merece alguém melhor que eu (essa frase é CLÁSSICA)...

Então, em homenagem aos bananas que não têm coragem de colocar um fim em uma relação fadada ao fracasso, aqui vão algumas dicas:
  1. Comece a prepará-la (conhece a história do "gato que subiu no telhado"?). Um maneira básica de fazer isso é começar a ficar desleixado com sua aparência e educação. Apareça na casa dela sem tomar banho, com uma camiseta de propaganda de cerveja com um furo na barriga.
  2. Pare de levá-la a lugares legais, quando saírem, leve-a para comer um cachorro-quente no boteco, no final da refeição fique mastigando um palito de dente.
  3. Bafo é fatal... coma cebola e alho antes de encontrar com ela.
  4. Deixe de aparar os pelos pubianos, até parecer que você tem uma peruca no seu parque de diversões.
  5. Não dê motivo de ciúmes, isso só instiga a mulher a querer mais (deve ser um masoquismo inato da maioria das fêmeas). Ao contrário, diga a ela que você imagina vocês dois juntos daqui a 20 anos, ela cuidando da casa durante todo esse tempo, cozinhando para você e seus 5 filhos, afinal... seu sonho é ter uma mulher do tipo Amélia, nada de trabalhar fora de casa! 
  6. Se depois de tudo isso ela continuar empolgada com o relacionamento de vocês, seja direto e franco. E fuja... pois ela deve ser mais louca do que você supõe.